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O segundo turno das eleições municipais se aproxima e a opção por um candidato a prefeito continua sendo uma realidade para 57 cidades brasileiras. José Luiz Portella, doutor em História Econômica pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP, avalia os critérios utilizados pelo eleitor ao definir seu voto e o resultado dessa decisão após as eleições neste episódio do Momento Sociedade.
Ele conta que, na maioria das vezes, “o comunicador se sobrepõe ao gestor”, ou seja, o eleitor leva mais em consideração a simpatia do candidato do que a real capacidade de cumprir a agenda do governo e as políticas públicas defendidas em campanha. “Somos mais passionais, votamos com a emoção e não analisamos a fundo racionalmente o projeto de governo. Nós, como eleitores, sempre nos colocamos como vítimas, jogando a culpa nos políticos, mas precisamos passar a fazer nosso dever de casa”, aponta Portella.
Além disso, após o período eleitoral, o acompanhamento dos candidatos é feito de maneira superficial. Para que esse abandono não aconteça, Portella acredita que seja necessária a ação de um órgão que organize informações relevantes para o cidadão de maneira contínua e não fragmentada: “Precisamos elencar as políticas públicas e organizar esse processo para o eleitor, assim como a discussão da imprensa focar mais na capacidade de gestão dos candidatos e não só na comunicação durante o período pré-eleitoral”.
Saiba mais ouvindo a entrevista na íntegra.