Em 12 anos de estatísticas coletadas, a Confederação Nacional dos Transportes (CNT) contabilizou, somente nas rodovias federais, quase dois milhões de acidentes de trânsito. Essa é a principal causa, por exemplo, de fraturas na face — tema do Momento Odontologia de hoje, que entrevista Eduardo Sanches Gonçales, da Faculdade de Odontologia de Bauru (FOB) USP.
Enquanto, entre os homens, a maioria absoluta das fraturas é resultado de acidentes de trânsito, entre as mulheres, outra ocorrência se destaca: a violência doméstica. Segundo levantamento do banco nacional de dados sobre traumas do Colégio Americano de Cirurgiões, entre 2007 e 2012, de 5.503 pacientes adultos que sofreram agressões, 63% eram mulheres.
Na maioria das vezes em que há fratura na face, é necessária cirurgia, “a menos que não haja deslocamento ou déficit funcional; isso é mais comum em fraturas de nariz e do osso zigomático”, pontua Eduardo Gonçales. A título de esclarecimento, vale destacar que o osso zigomático se encontra na parte superior das bochechas, próximo aos olhos.
A especialidade da cirurgia bucomaxilofacial é de um odontologista. Ao médico cabe a condução da anestesia geral e o tratamento de problemas associados, como lesões ortopédicas e neurológicas. As fraturas mais comuns são as nasais e as do osso zigomático, de acordo com pesquisa realizada pela FOB em parceira com o Hospital de Base de Bauru.
Ouça no áudio acima a íntegra do Momento Odontologia.
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