Momento Odontologia #109: Forp trabalha em modelo de saúde bucal para o povo do Xingu

Nesta semana, no Momento Odontologia, o professor Wilson Mestriner Junior conta que o projeto Huka Katu vai além da formação de dentistas, ele busca um modelo de saúde bucal

 20/09/2021 - Publicado há 3 anos
Momento Odontologia - USP
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Momento Odontologia #109: Forp trabalha em modelo de saúde bucal para o povo do Xingu
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O podcast  Momento Odontologia desta semana, traz a segunda parte da entrevista com o professor Wilson Mestriner Junior, da Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto (Forp) da USP e coordenador do projeto Huka Katu, “sorriso lindo” na língua dos kamayurás, que vem do tronco linguístico tupi-guarani. 

Neste episódio o professor conta como o projeto é estruturado e como se dá o aprendizado dos alunos participantes. Segundo Mestriner Junior, o projeto acadêmico Huka Katu funcionou como estágio até 2012 e agora foi transformado em disciplinas optativas – Atenção à Saúde Bucal em Populações Indígenas I e II, e seu objetivo vai além formação de dentistas, a ideia é estruturar um modelo de atenção em saúde bucal para o povo indígena. 

A primeira disciplina é teórica, oferecida de forma remota e aborda conteúdos que trabalham desde a questão de educação, passando por políticas públicas, realidade cultural com abordagens antropológicas e sociológicas, sempre com orientação da interculturalidade, até as diretrizes do projeto.

A parte prática do projeto é desenvolvida já no parque, com todas as ações discutidas com as comunidades e com a coordenação do Distrito Sanitário Especial Indígena (Disei) do Xingu, em cerca de 18 dias, sempre com foco na atenção básica. 

Segundo o coordenador, quando necessário é utilizada a infraestrutura do Polo de Saúde ou é feito o encaminhamento para os municípios de referência que ficam no entorno do parque. “Importante ressaltar que quando chegamos nas aldeias a primeira atitude é entrar em contato com as lideranças e entender o momento que a comunidade está vivendo, se o período é de ir para a roça ou se é de pesca. Priorizamos estabelecer os diagnósticos de riscos para cada família.” Além de chamar os de maior risco para as intervenções, como cirurgias e restaurações, o grupo faz atividades educativas, especialmente com os mais jovens, e todas as ações são documentadas. 

Produção e Apresentação Rosemeire Talamone
CoProdução: Alexandra Mussolino de Queiroz (FORP), Letícia Acquaviva (FO), Paula Marques e Tiago Rodella (FOB)
Edição: Rádio USP Ribeirão
E-mail: ouvinte@usp.br
Você pode sintonizar a Rádio USP em São Paulo FM 107,9; ou Ribeirão Preto FM 107.9, ou pela internet em www.jornal.usp.br ou pelo aplicativo no celular para Android e iOS  
 
 

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