As doenças crônicas não transmissíveis, como por exemplo, a doença renal crônica, diabete e hipertensão, são cada vez mais frequentes na população brasileira, acompanhando, infelizmente, uma tendência mundial. O tratamento destas doenças custa caro ao Estado e as ações preventivas são fundamentais para evitar o crescimento epidêmico e suas drásticas consequências na qualidade de vida das pessoas.
Para a professora Marina Gallottini, da Faculdade de Odontologia (FO) da USP, os dentistas são profissionais da saúde que, além de promoverem a saúde bucal, têm grande potencial para realizar rastreio das doenças crônicas não transmissíveis, e ainda, aconselhar os pacientes quanto aos fatores ambientais diretamente relacionados com o seu aparecimento e desenvolvimento. O dentistas podem e devem aconselhar, por exemplo, sobre hábitos alimentares, cessação do fumo e prática de exercícios físicos.
Ao conhecer a doença de base do seu paciente, e conduzir o tratamento odontológico adequado, o dentista vai além: não apenas promove a saúde bucal, mas certamente contribui com o bem-estar e equilíbrio geral melhorando a qualidade de vida dos indivíduos, especialmente para aqueles com doença crônica não transmissível.
Pessoas com insuficiência renal crônica parecem ter um risco aumentado para doença periodontal, alterações no metabolismo ósseo e maior sangramento dependendo dos níveis de ureia. Nessa situação e em outras, a remoção de infecção bucal é importante para a saúde geral dos pacientes.
Ficha técnica:
Edição sonora: Gabriel Soares
Produção: Rosemeire Talamone e Letícia Acquaviva
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