Minuto Saúde Mental #78: Alzheimer não costuma afetar pessoas jovens

A doença é a causa mais comum de demência, mas não a única, e é considerada de início precoce quando atinge pessoas com menos de 65 anos

 31/08/2023 - Publicado há 11 meses
Minuto Saúde Mental - USP
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Minuto Saúde Mental #78: Alzheimer não costuma afetar pessoas jovens
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Em raríssimas exceções, uma pessoa pode apresentar sinais de Alzheimer aos 30 anos. No podcast Minuto Saúde Mental desta semana, o professor João Paulo Machado de Sousa fala sobre a idade que esse tipo de demência costuma afetar um indivíduo.

O professor adianta que existe uma confusão comum que faz com que a maioria das pessoas compreenda qualquer quadro de perda de função cerebral como Alzheimer, o que se trata de uma generalização incorreta. Acrescenta ainda que a demência, sim, é um nome geral que designa qualquer condição com declínio cognitivo importante.

“A demência é considerada de início precoce quando atinge pessoas com menos de 65 anos. Somados, todos os casos de demência precoce compõem uma parcela pequena dos casos de demência em geral”, declara Sousa. 

Nesse sentido, o professor afirma que, atualmente, o Alzheimer é a causa mais comum de demência, mas não a única. “Um exemplo é a demência frontotemporal, que ocorre quando as partes da frente e das laterais do cérebro começam a se degenerar”, explica.

Além disso, quando jovens começam a apresentar problemas afetivos, de raciocínio, memória e comportamento, o professor informa que existem várias outras causas que devem ser excluídas pelos profissionais de saúde antes de um diagnóstico de demência.

“Portanto, se você estiver com sintomas cognitivos que estão lhe incomodando, a melhor coisa a fazer é conversar com toda a franqueza com um profissional de saúde para que ele conduza uma investigação adequada e possa determinar a melhor linha de tratamento”, finaliza.


Minuto Saúde Mental
Apresentação: João Paulo Machado de Sousa
Produção: João Paulo Machado de Sousa e Jaime Hallak
Coprodução e edição: Rádio USP Ribeirão
Coordenação: Rosemeire Talamone
Apoio: Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Medicina Translacional, iniciativa CNPq e Fapesp

 

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