Os 150 anos do teólogo, filósofo, músico, musicólogo, médico e pastor alemão Albert Schweitzer (1875-1965) – um dos maiores especialistas e intérpretes da música de Johann Sebastian Bach do século 20 – começam a ser comemorados nesta edição de Manhã com Bach.
Nascido no dia 14 de janeiro de 1875 na região da Alsácia – então território alemão, hoje pertencente à França -, Schweitzer é considerado um precursor da bioética e do movimento ecológico, graças a um conceito que ele formulou, a “reverência à vida” (Erfurcht vor dem Leben), que consiste no mais profundo respeito a todas as formas de vida. Em 1905, quando era professor da Faculdade de Teologia da Universidade de Estrasburgo, na Alsácia, e já consagrado como pensador e organista, ele deixou suas atividades para estudar medicina. Depois de formado, foi para a comunidade de Lambarene, na então chamada África Equatorial Francesa, o atual Gabão, e ali fundou um hospital, a que dedicou toda a vida. Por isso, em 1952, ele foi agraciado com o Prêmio Nobel da Paz.
Para financiar o seu hospital em Lambarene, Schweitzer fazia viagens à Europa a fim de realizar concertos de órgão, em que apresentava músicas de Bach. Algumas dessas músicas são exibidas nesta edição de Manhã com Bach, o primeiro dos três programas que homenagearão o músico. Essas músicas são: a famosa Tocata e Fuga em Ré Menor (BWV 565) e os prelúdios corais Christum wir sollen loben, “A Cristo nós devemos louvar” (BWV 611), Liebster Jesus, wir sind hier, “Amado Jesus, nós estamos aqui” (BWV 731), Mit Friede und Freud ich fahre dahin, “Com paz e alegria eu partirei daqui” (BWV 616), Christus, der uns selig macht, “Cristo, que nos faz santos” (BWV 620), Da Jesus an dem Kreuze stund, “Estão Jesus estava na cruz” (BWV 621), e O Mensch, bewein’ dein’ Sünde gross, “Oh, homem, deplora o teu grande pecado” (BWV 622). Esta edição de Manhã com Bach traz ainda a cantata Ach Gott, wie manches Herzeleid, “Ah, Deus, quanto sofrimento do coração” (BWV 58).
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