Fundada em 1935 pelo casal Tatiana e Martin Braunwieser, a Sociedade Bach de São Paulo foi responsável pela introdução efetiva da música de Johann Sebastian Bach no Brasil. Em 42 anos de atividades – desde 1935 até 1977, quando foi extinta por dificuldades financeiras -, ela promoveu 330 concertos, manteve um coro ativo, realizou palestras sobre a música de Bach e contribuiu para a formação musical através dos Concertos Extraordinários da Juventude, que tiveram 30 edições e deram visibilidade para então jovens músicos como Olivier Toni, Isaac Karabtchevsky e João Carlos Martins. Centenas de obras de Bach foram apresentadas em primeira audição no Brasil por aquela sociedade, entre elas a Paixão Segundo São João, o Oratório de Natal, o Magnificat, os Concertos de Brandenburgo, as Variações Goldberg e várias cantatas.
Essas informações estão presentes na dissertação de mestrado A Sociedade Bach como Propagadora de Arte e Cultura na Cidade de São Paulo (1935-1977), apresentada em 2022 pelo pesquisador Oziel Seles Silva no Instituto de Artes da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp), em São Paulo. A dissertação está disponível no Repositório Institucional Unesp.
Dando continuidade à série de programas que investiga a introdução da música de Bach no Brasil, iniciada no começo deste mês, esta edição de Manhã com Bach traz duas obras do compositor alemão que foram apresentadas pela primeira vez no País em concertos realizados pela Sociedade Bach de São Paulo: o Concerto de Brandenburgo Número 1 em Fá Maior (BWV 1046) e a cantata Weinen, Klagen, Sorgen, Zagen, “Choro, Lamentação, Dor, Temor” (BWV 12).