Vacinas não estão gerando variantes mortais, afirma Wasim Syed, no podcast Fake News Não Pod desta semana. O farmacêutico responde à informação falsa de que um virologista, ganhador do Prêmio Nobel, prevê que “todas as pessoas vacinadas morrerão em dois anos” porque as vacinas criaram as variantes mortais do novo coronavírus.
Syed afirma que as variantes que ouvimos falar sempre, e que sempre nos preocupam, como a P.1, de Manaus, a B.1.351, da África do Sul e a B.1.617, da Índia, surgiram antes mesmo do começo da vacinação contra a covid-19, ou pelo menos antes de uma vacinação mínima nesses países. “Se vacinas gerassem essas tais variantes mortais, Israel e os Estados Unidos, além de outros países que vacinaram grande parte da população em pouco tempo, já teríamos visto essas variantes voltando a circular e matar muita gente nesses países. E isso não tá acontecendo.”
Se vacinas gerassem essas variantes que matariam o mundo todo em dois anos, nós ainda ouviríamos falar sobre a varíola, que foi erradicada, desapareceu do mundo em 1980, e da poliomielite, a paralisia infantil, que está seguindo o mesmo destino da varíola. Isso tudo por conta das vacinas. Por que isso seria diferente com o coronavirus?
Agora, sabe o que gera ainda mais essas variantes? “A disseminação desenfreada do vírus. Isso porque, quanto mais pessoas se infectam, mais o vírus tem chances de sofrer mutações, gerar variantes e se espalhar.” Isso aconteceu, diz o farmacêutico, com a variante indiana, com a variante de Manaus e com a da África do Sul. Isso porque as pessoas se aglomeram sempre em ambientes fechados e mal ventilados, nunca usam máscara e acreditam que estão protegidas por algum medicamento miraculoso que não funciona. As únicas coisas que funcionam são as vacinas, máscaras, ventilação e distanciamento social. Simples assim.
“Não caia em mentiras. Você sempre tomou vacina no postinho contra outras doenças e nada dessas mentiras foram verdade.”
Quer saber mais? Acesse o site www.todospelasvacinas.com.br e saiba mais sobre vacinas.
Fake News não Pod
Produção: Vydia Academics, Pretty Much Science (PMScience),
Projeto: João Fake News (bit.ly/JoaoFakeNews).
Roteirista e apresentadora: Laura Colete Cunha
Coprodução e Edição: Rádio USP Ribeirão Preto
Coordenação: Rosemeire Talamone
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