Esta semana, no Curioso por Ciência, Eduardo Nazaré traz a pesquisa de Patrícia Kellen Martins Oliveira Brito que avaliou diferentes abordagens para o tratamento da criptococose, doença causada pelo fungo Cryptococcus gattii. É uma das principais razões para problemas de saúde e morte em pessoas que têm o sistema imunológico enfraquecido devido ao vírus HIV.
Diante dos desafios associados aos antifúngicos atuais, os pesquisadores buscaram novas abordagens para enfrentar essa infecção. No decorrer da pesquisa, foi desenvolvida uma nova estratégia de vacinação contra o fungo utilizando diferentes abordagens antes do protocolo vacinal. Ou seja, os pesquisadores prepararam o organismo para receber a vacina. Em seguida, testaram como o organismo responderia a uma alta concentração de Cryptococcus gattii.
O teste de eficiência foi realizado em camundongos que receberam dois diferentes adjuvantes, utilizados para potencializar a resposta imunológica contra o fungo, antes mesmo de serem vacinados. As avaliações foram realizadas após 14 dias da imunização e demonstraram uma estimulação das respostas inflamatórias e uma redução na carga de fungos no tecido pulmonar.
Os resultados indicam a necessidade de um preparo prévio à vacinação, com abordagens mais específicas no tratamento da criptococose para a diminuição de efeitos colaterais em pessoas com o sistema imunológico debilitado.
A pesquisa Novas abordagens para tratamento de infecções pelo fungo Cryptococcus gattii em pessoas imunossuprimidas foi defendida em 2022 no programa de pós-graduação em Biologia Celular e Molecular da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP e orientada pelo professor Thiago Aparecido da Silva.
