Biossensores instalados em braceletes detectam glicose e ácido lático pelo suor

Os bissensores, desenvolvidos em pesquisa realizada no Instituto de Química (IQ) da USP, foram acoplados dentro de dispositivos microfluídicos (braceletes), confeccionados a partir de um polímero transparente, não tóxico e não inflamável

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 11/02/2022 - Publicado há 2 anos
Novos Cientistas - USP
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Biossensores instalados em braceletes detectam glicose e ácido lático pelo suor
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Na entrevista desta quinta-feira (10), no podcast Os Novos Cientistas, a pesquisadora Nathália Florencia Barros Azeredo falou sobre sua pesquisa de doutorado desenvolvida no Instituto de Química (IQ) da USP. O trabalho intitulado Desenvolvimento de (bio)sensores (nano)estruturados visando à determinação de analitos em amostras farmacêuticas e fluidos biológicos, teve a orientação do professor Lucio Angnes e possibilitou o desenvolvimento de um sistema capaz de detectar glicose e ácido lático pelo suor humano.

O sistema é constituído de biossensores que são instalados em braceletes. “Os biossensores são acoplados dentro de um dispositivo microfluídico, que é o nosso bracelete, confeccionado a partir de um polímero transparente, não tóxico e não inflamável, o PDMS”, descreveu Nathália. De acordo com a pesquisadora, a maior vantagem desse dispositivo em relação ao glicosímetro comercial é o fato de não ser necessário furar o paciente para coletar uma amostra de sangue, uma vez que a análise é feita diretamente no suor que é coletado na pele pelo bracelete.

Além da glicose, os braceletes também podem converter o ácido lático produzido no suor em energia. Segundo Nathália, a quantidade produzida por um dispositivo foi suficiente para acender uma pequena lâmpada de LED. Todo esse desenvolvimento foi possível graças a uma colaboração com o professor Joseph Wang, que supervisionou o trabalho de Nathália na Universidade da Cafilórnia, nos EUA. “Foi lá que colaborei com o desenvolvimento de uma célula combustível para conversão do ácido lático produzido no suor em energia. Nathália informou que os dois primeiros anos do doutorado até a qualificação foram realizados no IQ da USP. “Durante 14 meses fiquei afiliada ao Departamento de Nanoengenharia da U. C. San Diego, e tive a oportunidade de escrever e participar em cinco trabalhos publicados em revistas científicas internacionais referentes a esse período”, destacou.

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