O podcast Ambiente é o Meio desta semana conversa com o jornalista Alceu Castilho, diretor do Observatório sobre o Agronegócio no Brasil, De Olho nos Ruralistas, que fiscaliza o poder econômico e político no que se refere à questão agrária e identificando os impactos sociais e ambientais provocados pelo agronegócio. Castilho fala sobre a participação do Brasil na COP26, a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2021, que “existe para tomar decisões geopolíticas que previnam o impacto das políticas econômicas e ambientais para o planeta”.
A conferência é uma reunião entre atores políticos, Estados, “para ratificarem decisões que digam respeito ao planeta e ao clima”. E, para o jornalista, “o fato de estar em uma 26ª edição já é significativo porque mostra que o problema não foi identificado hoje, data de séculos”, mas que foi radicalizado com o capitalismo ao longo das últimas décadas.
No caso do Brasil, de acordo com Castilho, a agropecuária é a principal responsável pelos danos gerados ao meio ambiente. Nesse sentido, “o arco do desmatamento na Amazônia coincide com os pontos onde se estimula a produção agropecuária, com a fronteira agropecuária”, que se move “a partir da ilegalidade”.
Quanto às políticas para o combate de crimes ao meio ambiente, Castilho diz que “não são suficientes, mas são necessárias”. Mas até “essas políticas insuficientes” estão sendo “destruídas” pelo atual governo federal, uma vez que o desmatamento está aumentando no País.
Ambiente é o Meio