Neste episódio do podcast Ambiente é o Meio, duas jovens pesquisadoras brasileiras, Julia Gontijo e Andressa Venturini, chamam a atenção para a questão Amazônia, aquecimento global e fenômenos climáticos. Confirmam a necessidade de manter a floresta em pé e alertam para o risco de substituir a floresta por pastagem com o desequilíbrio do potencial de produção e consumo de gases do efeito estufa.
Egressas da pós-graduação da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da USP em Piracicaba, Julia e Andressa atualmente trabalham com biologia molecular no contexto amazônico em centros de pesquisa nos Estados Unidos. Entre os primeiros resultados de seus estudos, informam que o grupo de pesquisa que integram observou modificações nas funções dos microrganismos do solo da floresta em áreas desmatadas. De consumidores de gás metano, passaram a produtores, mostrando que as emissões de gases atmosféricos nas pastagens são muito maiores que nas florestas.
Tanto Julia quanto Andressa dizem que muito ainda precisa ser estudado e avaliado para se obter respostas assertivas sobre como conduzir recuperação de matas, por exemplo, mas são unânimes em afirmar que é preciso manter as áreas intactas e as regeneradas. E, também, que, para enfrentar os desafios que ainda representam a questão do clima e manutenção da floresta, é necessário mais que incentivo à pesquisa. Para as pesquisadoras, deve-se investir na formação de recursos humanos da própria região amazônica.
Ambiente é o Meio