O diário de uma estudante e a descrença da democracia entre jovens

O diário de uma estudante e a descrença da democracia entre jovens – Fotos: Fauxels/Pexels e Fotomontagem Jornal da USP/Pixabay Solitária e imaginativa, Monica é

 05/10/2023 - Publicado há 8 meses


O diário de uma estudante e a descrença da democracia entre jovens – Fotos: Fauxels/Pexels e Fotomontagem Jornal da USP/Pixabay

Solitária e imaginativa, Monica é uma jovem estudante do ensino médio diferente dos colegas. Sua rotina entre casa e escola é entremeada por um mundo sonhado, que ela registra no seu diário sonoro. Sons das ruas e sons da imaginação se cruzam, costurados pelas músicas que emolduram seus percursos. Esse é o enredo de Monica: Diário Sonoro, ficção apresentada no programa USP Especiais, da Rádio USP, de autoria do jornalista Gustavo Xavier. Na obra, as reflexões da jovem estudante são acompanhadas pela leitura de trechos de Boquinhas Pintadas, de Manuel Puig, e Cidadela, de Antoine de Saint-Exupéry.

Jovens estão mais propensos a aceitar regimes autoritários

Pesquisa realizada pela ONG Open Society Foundations em 30 países mostrou que pessoas entre 18 e 35 anos, ao redor do mundo, estão mais propensas a aceitar regimes autoritários do que pessoas mais velhas. Em entrevista à Rádio USP, o professor Adrian Gurza Lavalle, do Departamento de Ciência Política da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP, fala da dificuldade de encontrar um consenso, no debate internacional, sobre os motivos que expliquem essa descrença na democracia. “Sabemos que esse é um fenômeno global que está associado a um conjunto de fenômenos que têm sido nomeados como ‘ascensão da extrema direita’, ‘emergência dos populismos de extrema direita’, ‘regressão democrática’ e outras denominações semelhantes que buscam entender esse fenômeno, que ainda aguarda uma explicação convincente do ponto de vista de suas causas”, diz Lavalle.

Casos de doenças sexualmente transmissíveis aumentam entre pessoas de 15 a 24 anos

Os casos de doenças sexualmente transmissíveis aumentaram em indivíduos de 15 a 24 anos de idade. A incidência de sífilis entre esse grupo etário, por exemplo, passou de 59 a cada 100 mil, em 2019, para 78 em 2021, de acordo com o Ministério da Saúde. A redução do uso de preservativos e a proliferação das redes sociais e das interações virtuais entre os jovens estão entre as causas desse aumento, segundo especialistas. Em entrevista à Rádio USP, o professor Fernando Bellissimo Rodrigues, da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP, destaca a necessidade de promover a educação sexual nas escolas para conter esse problema de saúde pública.

Ativista fala sobre o uso de antibióticos na produção de animais para consumo

O uso exagerado de antibióticos na produção de animais para consumo pode trazer danos graves à sociedade em geral, e não apenas às pessoas que consomem a carne desses animais. Ao entrar no organismo do animal, os antibióticos atuam sobre certas espécies de bactérias, enquanto permitem que outras espécies, resistentes à medicação, se multipliquem. Por meio dos dejetos, essas bactérias se espalham no solo, na água e nas plantas e chegam aos consumidores não só através do consumo de carne, mas também de água e vegetais. Esse risco à saúde pública foi explicado no boletim Alimentação e Sustentabilidade, da Rádio USP, pela advogada, cientista social e ativista Ana Navarrete, coordenadora do Programa de Saúde do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor, parceiro da Cátedra Josué de Castro de Sistemas Alimentares Saudáveis e Sustentáveis da Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP.


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