A USP e a Organização dos Estados Americanos (OEA) assinaram, no dia 2 de novembro, um acordo de cooperação acadêmica na área de pesquisa, formação e capacitação profissional. A cerimônia de assinatura do documento foi realizada na sede da OEA, em Washington, nos Estados Unidos.
Participaram do evento o reitor da USP, Carlos Gilberto Carlotti Junior; o secretário-geral da OEA, Luis Almagro; o representante do Brasil junto à OEA, embaixador Benoni Belli; o secretário de Segurança Multidimensional da organização, Ivan Marques; o diretor do Instituto de Relações Internacionais (IRI) da USP, Pedro Dallari; e a professora do IRI, Paulina Duarte. O IRI é a Unidade de Ensino e Pesquisa responsável pela coordenação do acordo no âmbito da USP.
“A academia desempenha um papel fundamental com o desenvolvimento da sociedade e estamos comprometidos a fortalecer a nossa colaboração. A USP ocupa um lugar destacado entre as melhores instituições acadêmicas da América Latina. Sua excelência acadêmica e seu compromisso, não só com o avanço científico mas também com sua comunidade são admiráveis. Definitivamente, levamos muito a sério o compromisso de termos um maior número de brasileiros na Organização dos Estados Americanos e hoje estamos avançando nisso”, afirmou Almagro.
O secretário-geral da OEA adiantou que o programa criará canais para “cooperação na prevenção, investigação e punição do crime transnacional” e destacou que “uma iniciativa tão relevante alcança seus melhores resultados ao ter apoio como o oferecido pela Universidade de São Paulo”.
“O acordo com a OEA, com a colaboração da missão brasileira na organização, permitirá que tenhamos alunos participando das atividades nessa importante entidade e que realizemos programas específicos com universidades e outras instituições de toda América. A gestão reitoral tem como um dos seus objetivos estreitar relações com Universidades da América Latina, além das que temos com as da América do Norte”, ressaltou o reitor da USP.
O diretor do IRI explicou que “está previsto no convênio a possibilidade de sua complementação por meio de acordos adicionais, voltados ao desenvolvimento de projetos específicos, sob a responsabilidade de Unidades da USP e dos Departamentos da OEA. Com base no relacionamento que vem sendo mantido ao longo dos anos, as áreas em que deverá haver, inicialmente, a formalização de convênios adicionais compreendem as matérias de segurança pública, observação eleitoral e solução pacífica de conflitos”.
A parceria da USP com a OEA remonta ao ano de 2008, quando atividades específicas de colaboração começaram a ser desenvolvidas. Em 2017, por exemplo, foi realizado o primeiro curso Presencial de Capacitação Policial da Rede Interamericana de Desenvolvimento e Profissionalização Policial (REDPPOL), desenvolvido e ministrado pela USP, em parceria com a Universidade de Buenos Aires (Argentina), com a Universidade de Georgetown (EUA) e com as polícias federais do Brasil, México e Honduras. Configurado na modalidade de extensão, o curso foi promovido pelo Departamento de Segurança Pública (DSP) da organização. Em 2019, a USP e a OEA assinaram um acordo para a criação do Observatório Eleitoral do Brasil.
Na sede da OEA, o diretor do IRI também entregou à tradicional Biblioteca da organização, fundada em 1890, a coleção de livros da Cátedra José Bonifácio da USP, coordenada por Dallari.
Ainda no dia 2, o reitor e os professores do IRI foram recebidos na Embaixada do Brasil nos Estados Unidos, onde se reuniram com a embaixadora Maria Luiza Viotti, com o ministro conselheiro Marcos Henrique Sperandio e outros diplomatas Segundo Carlotti, no encontro foram discutidas ações conjuntas para contatos com o Governo americano nas áreas de transição energética e semicondutores.