Ao todo, as doações somam mais de R$ 1,7 milhão e foram feitas em forma equipamentos de proteção individual (EPIs) de alta qualidade, como máscaras N95 e PFF2, máscaras cirúrgicas de tripla camada, aventais, gorros cirúrgicos e gel alcoólico, validados pela Comissão de Controle de Infecção Hospitalar.
“O apoio do Todos Pela Saúde nos deu esperança de que a solidariedade de fato existe e foi muito apaziguador em um dos nossos momentos mais críticos, em que a alta demanda mundial dificultou a aquisição de EPIs. O projeto acreditou no nosso trabalho e no bom uso dos materiais, o que demonstra a confiança e a credibilidade que nossa Universidade inspira em vários setores da sociedade”, destaca a vice-diretora da Escola de Enfermagem, Maria de Fatima Fernandes Vattimo, que também coordena as atividades e pesquisas da Escola junto à Diretoria de Enfermagem do HU.
O Hospital Universitário encaminha os casos confirmados de covid-19 para o Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (HC) e, em contrapartida, atua em parceria e absorve parte dos atendimentos a pacientes que estavam em tratamento no HC, especialmente o pré-natal de gestações de alto risco.
Todos pela Saúde
Maria de Fatima lembra que “logo nas primeiras discussões para definir as diretrizes de atendimento e atuação do Hospital, a equipe percebeu que era fundamental garantir o suprimento de EPIs por vários meses de alta demanda, para diminuir o risco de contágio tanto das equipes de profissionais quanto dos nossos pacientes”.
Na busca por fontes alternativas de recursos e organizando um programa sistematizado de captação, o HU entrou em contato com hospitais parceiros e, por intermédio do presidente do Hospital Israelita Albert Einstein, Sidney Klajner, acabou chegando à iniciativa Todos pela Saúde.
O projeto Todos pela Saúde surgiu a partir de uma doação de R$ 1 bilhão, realizada pelo Itaú Unibanco em abril, para combater a pandemia da covid-19 e seus efeitos na sociedade brasileira. Os recursos são administrados por um grupo de especialistas, que definem as ações a serem financiadas com base em premissas técnicas e científicas.
“Grande parte do problema de atendimento à pandemia é causada pela falta de proteção individual para as equipes de saúde. Se contaminados, esses profissionais são afastados, prejudicando o atendimento. É fundamental proteger quem cuida. Nós cuidamos de quem está cuidando e, assim, asseguramos a saúde de toda a população”, ressaltou Sidney Klajner, que pertence ao grupo de especialistas do Todos pela Saúde.
Hospital Não Covid
Em março, quando a rede hospitalar de São Paulo começou a se preparar para combater a pandemia de covid-19, o Hospital das Clínicas e o Hospital Universitário estabeleceram um protocolo de encaminhamento dos casos confirmados dessa doença.
Enquanto o Instituto Central do HC foi reestruturado para o atendimento exclusivo de pacientes de covid-19, o HU foi classificado como Unidade Não Covid e assumiu o pré-natal de gestações de alto risco, que antes estavam sendo acompanhados pelo HC, além de se concentrar nos atendimentos de emergência, neonatologia, procedimentos oftalmológicos e otorrinolaringológicos.
Os pacientes com sintomas suspeitos de covid-19 são encaminhados para um espaço próprio, isolado do hospital, com entrada alternativa, profissionais devidamente paramentados e equipamentos adequados, inclusive, para atender pacientes com insuficiência respiratória. Os casos confirmados são encaminhados ao Hospital das Clínicas.
Localizado na Cidade Universitária, o Hospital Universitário (HU) tem a função primordial de apoiar o desenvolvimento de pesquisas e treinar novos especialistas nas práticas clínicas e cirúrgicas, mas também representa uma importante referência na assistência hospitalar de média complexidade na região oeste da capital paulista.
Em 2019, o hospital realizou mais de 15 mil atendimentos, entre internações, atendimentos de emergência, consultas ambulatoriais e cirurgias. Com a chegada da pandemia e a alta no número de consultas ambulatoriais e de internações, o número de atendimentos de emergência no mês de abril deste ano, por exemplo, é quase equivalente ao do ano passado inteiro.
O projeto USP Vida está voltado a pessoas físicas e jurídicas que tenham interesse em doar recursos diretamente para as pesquisas desenvolvidas pela instituição ou para o Hospital Universitário, a fim de que sejam aplicados em assistência e internação hospitalar. As doações poderão ser feitas por meio de depósito em conta corrente, transferência bancária ou pagamento em cartão de crédito. Os recursos arrecadados serão administrados por um Comitê Gestor de Cientistas, coordenado pelo pró-reitor de Pesquisa da USP, e alocados em conta específica na Fundação de Apoio à Universidade de São Paulo (Fusp). Clique aqui para doar ou saber mais sobre o programa. |
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