Novo diretor da Editora da USP quer fortalecer livro eletrônico

Professor Carlos Brandão pretende também incentivar a produção de livros didáticos por docentes da USP

 01/09/2020 - Publicado há 4 anos     Atualizado: 07/12/2020 as 12:02
O professor Carlos Roberto Ferreira Brandão, novo diretor-presidente da Editora da USP (Edusp) – Foto: Cecília Bastos/USP Imagens

Incentivar a produção de livros eletrônicos e ampliar a edição de obras didáticas escritas por professores da USP para o ensino de graduação. Essas são duas iniciativas que o novo diretor-presidente da Editora da USP (Edusp), professor Carlos Roberto Ferreira Brandão, tem em vista. Ele assumiu o cargo nesta terça-feira, dia 1º, designado pelo reitor Vahan Agopyan. Brandão substitui o professor Lucas Antonio Moscato, diretor-presidente da Edusp desde 2018.

“Não se trata apenas de digitalizar livros já impressos, mas sim de criar uma nova linha de atuação, voltada para o livro eletrônico”, afirma Brandão. Ressaltando que ainda é necessário verificar se as condições da Edusp permitem dar início a essa nova área de atividades – dadas as dificuldades econômicas que o País e a Universidade atravessam -, o novo diretor-presidente destaca que é preciso se empenhar para ampliar o acesso ao livro científico com a ajuda de novos recursos digitais. Dessa forma, acrescenta, a editora estará se preparando também para enfrentar situações como a atual, em que a pandemia de covid-19 dificulta a circulação de livros impressos. “A pandemia nos pegou de surpresa, sem que estivéssemos preparados para ela, e o livro eletrônico é uma maneira de nos preparar para situações como essa”, diz. “Há necessidade de a Edusp entrar com mais força na área do livro eletrônico.”

Já através da produção de livros didáticos, Brandão acredita que a USP pode dar uma grande contribuição para a melhoria dos cursos de graduação de faculdades e universidades de todo o País. Ele elogia uma iniciativa da Pró-Reitoria de Graduação da USP – o Programa de Incentivo à Produção de Livros Didáticos para o Ensino de Graduação -, que dá aos professores da Universidade a possibilidade de se dedicar à produção de livros em suas especialidades. Para o professor, esse programa precisa ser fortalecido. “Só uns 15 livros foram produzidos até agora, há áreas do conhecimento em que nenhum livro foi publicado e temos muitos professores capazes de produzir ótimas obras”, considera. E enfatiza: “A Edusp não vive sem a produção dos docentes da USP. Ela escoa essa produção. É uma produção muito importante, que tem que ser acompanhada de fomento à sua divulgação, na forma do livro”.

Professor titular do Museu de Zoologia (MZ) da USP, Brandão tem uma longa trajetória na área de museus. Foi diretor do Museu de Arte Contemporânea (MAC) da USP, entre 2016 e 2020, e diretor do Museu de Zoologia entre 2001 e 2005. Além disso, foi presidente do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram) entre 2015 e 2016 e, de 2006 a 2010, presidiu o Comitê Brasileiro do Internacional Council of Museums (Icom), do qual integra atualmente o conselho executivo. “Cerca de 90% da minha atuação foi na USP, conheço bem os processos da Universidade”, diz. “Na Edusp, os processos são os mesmos. Espero que esse conhecimento facilite o cotidiano da editora.” Brandão também foi membro do Conselho Nacional de Políticas Culturais (CNPC) do hoje extinto Ministério da Cultura, entre 2013 e 2016, e vice-diretor do Instituto de Estudos Avançados (IEA) da USP, em 2014 e 2015.

“Em 2018, já no MAC, Brandão viabilizou a abertura da Livraria Edusp no museu, a primeira livraria da editora especializada em livros de artes e arquitetura”, destacou a Editora da USP em nota divulgada nesta terça-feira, dia 1º. “Agora, ele passa a conduzir as atividades editoriais e livreiras de uma das maiores editoras universitárias do Brasil, com um catálogo de quase 1.800 títulos em diferentes áreas do conhecimento e mais de 80 prêmios Jabuti.”


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