Cofundadora do movimento Mães de Manguinhos participa de debate sobre violência policial

Núcleo de Estudos da Violência da USP realiza nesta quinta-feira o oitavo encontro de ciclo de seminários que já debateu encarceramento e letalidade policial

 09/10/2024 - Publicado há 2 meses
Ana Paula de Oliveira (segunda da esq. para a dir.) e o grupo Mães de Manguinhos protestam contra a violência policial no Rio de Janeiro – Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

 

Nesta quinta-feira (10), o Núcleo de Estudos da Violência (NEV) da USP recebe Ana Paula Gomes de Oliveira, cofundadora e coordenadora do Movimento Mães de Manguinhos, para uma roda de conversa em formato on-line. O bate-papo começa às 14 horas, com transmissão pelo canal do NEV no YouTube. Haverá emissão de certificados.

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Ana Paula é formada em pedagogia, defensora dos direitos humanos e integrante do Fórum Social Manguinhos. Junto com Fátima Pinho, criou o Mães de Manguinhos em resposta ao aumento da violência policial no Rio de Janeiro durante a realização da Copa do Mundo de 2014 e da Olimpíada de 2016. Tanto Ana Paula quanto Fátima são familiares de vítimas da letalidade policial. Seus filhos Johnatha de Oliveira Lima e Paulo Roberto Pinho de Menezes, ambos com 19 anos, foram assassinados por agentes da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) de Manguinhos. Hoje, as duas lutam para denunciar ativamente o genocídio do povo negro, em especial da juventude.

O movimento também mantém uma parceria com o Núcleo de Atenção Psicossocial a Afetados pela Violência do Estado (Napave), que se dedica ao acolhimento de mulheres, especialmente mães e familiares de vítimas de violência por meio de ações de apoio.

O encontro desta quinta-feira é o oitavo do ciclo de seminários Violência Policial na Contemporaneidade: discussões sobre memórias e percepções sobre o luto e a confiança no Estado, organizado pelas pesquisadoras Veridiana Domingos Cordeiro e Bruna Ferrari. O próximo encontro será no dia 24 de outubro e abordará A Maternidade como Resistência à Violência de Estado, com participação de Vinícius Santiago, pesquisador da Universidade de Brasília (UnB).


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