“Uma Aventura na África” é destaque no Cineclube de São Carlos

Filmes clássicos serão exibidos em fevereiro, aos sábados, às 20 horas, sempre com entrada gratuita

 01/02/2018 - Publicado há 7 anos
Uma Aventura na África: parte do filme foi rodada na região dos Grandes Lagos Africanos – Foto: Reprodução / Paramount via YouTube
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Produções clássicas dos Estados Unidos e da Inglaterra vão ser apresentadas no Cineclube do Centro de Divulgação Científica e Cultural (CDCC) da USP, em São Carlos, nos dias 3, 10, 17 e 24 de fevereiro, às 20 horas, com entrada gratuita.
Entre os filmes a serem exibidos está Uma Aventura na África (African Queen, Inglaterra, 1951), com direção de John Huston, previsto para ser exibido neste sábado, dia 3. No elenco estão Katharine Hepburn e Humphrey Bogart. De acordo com a sinopse do filme, com o advento da Primeira Guerra Mundial, a distante colônia de Dong Ku está sob ameaça de domínio territorial da Alemanha. A chegada das tropas tornou a cidade um lugar perigoso para a missionária Rose Sayer e o irmão, reverendo Samuel Sayer, que é assassinado. Em seguida, o canadense Charlie Allnut aparece e a convida para fugir no African Queen, um pequeno e velho barco, e decidem descer o Rio Congo, repleto de corredeiras e perigos, e explodir o colossal navio alemão Louisa. Parte do filme foi gravada no Lago Alberto, que faz parte dos Grandes Lagos Africanos, e no território conhecido hoje como parte da República Democrática do Congo. “A ousadia de John Huston na escolha dos cenários fez de Uma Aventura na África um trabalho singular.”
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No dia 10, será a vez de Duelo ao Sol (Duel in the Sun, Estados Unidos, 1946), um faroeste dirigido por King Vidor, com Jennifer Jones, Joseph Cotten e Gregory Peck no elenco. “Durante a expansão do território americano para o oeste, surgiram os chamados mestizos, filhos de índios nativos com brancos europeus. Pearl Chavez é uma mestiza, filha do branco Scott Chavez com uma índia dançarina de boate. Uma noite, Scott pega a esposa traindo-o e a mata, sendo, por isso, condenado à forca. Antes de morrer, Scott envia sua filha para viver na fazenda de sua prima e primeiro amor, Laura Belle, uma mulher fina e educada que recebe Pearl com muito carinho, mas seu marido, o senador Jackson McCanles, não suporta a presença da sobrinha”, resume a sinopse do filme. “Produzido por David O. Selznick, o homem por trás de …E o Vento Levou, o longa dá um show de cenários e fotografia, além de reunir uma constelação de astros da época. No entanto, a história incomoda o espectador, mesmo os mais conservadores, pela estereotipação dos personagens. Não tem como se conformar pela atração que Pearl sente por Lewt, apesar de o mesmo ser sempre agressivo e grosseiro com ela. A única negra no longa, empregada, por sinal, é completamente imbecilizada. Enfim, mesmo com esses contrapontos, Duelo ao Sol ainda vale a pena por retratar tão bem a era dos westerns no cinema hollywoodiano.”
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Duelo ao Sol retrata a expansão norte-americana para o oeste – Foto: Reprodução via YouTube
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Entre Deus e o Pecado (Elmer Gantry, Estados Unidos, 1960), com direção de Richard Brooks, será a atração do dia 17. Burt Lancaster, Jean Simmons e Arthur Kennedy atuam no filme. “Como bom americano, o vendedor itinerante Elmer Gantry não abre mão das bebidas, das mulheres e, acima de tudo, da religião da qual, através da sua boa eloquência, usa para cativar seus clientes. Em suas viagens, ele acaba encontrando a irmã Sharon Falconer, uma missionária do movimento conhecido como Reavivamento, viajando pelas cidades do interior do Kansas e pregando de uma forma mais descontraída para atrair as pessoas de volta às igrejas. Gantry, com sua lábia, logo se junta ao movimento, onde faz sucesso imediato, mas seu passado insiste em persegui-lo.” O filme venceu três categorias do Oscar. Burt Lancaster levou o prêmio de melhor ator pelo papel de Elmer Gantry. Jean Simmons, como a irmã Sharon Falconer, personagem baseada em Aimee Mcpherson, fundadora da Igreja Quadrangular, foi considerada a melhor atriz coadjuvante. Também recebeu a premiação de melhor roteiro adaptado.
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Entre Deus e o Pecado: as aventuras do vendedor itinerante Elmer Gantry – Foto: Reprodução via YouTube
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No dia 24, o longa Gilda (Gilda, Estados Unidos, 1946), dirigido por Charles Vidor e estrelado por Rita Hayworth, Glenn Ford e George Macready, encerra as apresentações do Cineclube em fevereiro. “Johnny Farrel é um homem que faz sua própria sorte. O pilantra estadunidense quase é assaltado ao chegar à Argentina se não fosse por Ballin Mundson, que o salva com sua bengala e desaparece em seguida. Johnny procura um clube noturno recomendado por seu novo amigo e lá ingressa no cassino. Após trapacear nos jogos, é capturado e levado ao dono do local, que, por ironia do destino, é o Sr. Mundson. Depois de conversarem, Farrel o convence a contratá-lo como gerente do estabelecimento. Entre John, Ballin e sua bengala surge uma grande amizade. Justamente quando tudo ia bem, surge Gilda como Sra. Mundson, a razão do início de todos os problemas.” De acordo com o The New York Times, o desempenho de Rita Hayworth em Gilda, seu maior sucesso, foi tão impressionante que os cientistas nucleares no Atol de Bikini das Ilhas Marshall batizaram uma bomba atômica com o nome de Gilda.
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Rita Hayworth em Gilda: Foto: Reprodução via YouTube

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O CDCC fica na Rua Nove de Julho, 1.227, centro, em São Carlos (SP). Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (16) 3373-9772.


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