Escola de Educação Física e Esporte de Ribeirão Preto se destaca por práticas sustentáveis

Com pouco mais de 10 anos de existência, Unidade se destaca por iniciativas que promovem preservação do meio ambiente e o bem-estar da comunidade

 07/07/2023 - Publicado há 12 meses
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A Escola de Educação Física e Esporte de Ribeirão Preto investe em acessibilidade e na arborização e conservação das áreas verdes do seu entorno, desde sua criação. Foto: Rosemeire Talamone

A USP está entre as dez universidades mais sustentáveis do mundo e ganhou essa posição por estar entre as instituições que desenvolvem as melhores práticas e programas sustentáveis em seus campi, segundo o último relatório do ranking UI GreenMetric World University Ranking

Hugo Tourinho Filho – Foto: Reprodução/EEFERP-USP

Em Ribeirão Preto, a Escola de Educação Física e Esporte (EEFERP), instalada numa área de 48 mil metros quadrados, dá sua contribuição para que a Universidade avance ainda mais nesse ranking ao investir sistematicamente nos seis indicadores considerados pelo GreenMetric – áreas verdes, consumo de energia, gestão de resíduos, tratamento de água, mobilidade e educação ambiental, processo que teve início desde a sua criação em 2009.  “Todos os espaços da unidade – prédios didáticos, ginásio de esportes, quadras, piscinas são acessíveis a todos os públicos e sustentáveis, com rampas, elevadores, piso tátil, além de receberem cuidados constantes com o calçamento, o que possibilita o deslocamento seguro de todas as pessoas”, afirma o professor Hugo Tourinho, diretor da EEFERP. 

A arquitetura dos prédios da Unidade foi projetada para priorizar a circulação de ar e a entrada de luz natural; além disso, a piscina e os chuveiros funcionam com aquecimento solar e foram instalados tanques para o reaproveitamento de água pluvial. “Também implantamos um amplo bicicletário, para estimular esse meio de transporte que é mais sustentável; fizemos o reflorestamento do entorno, com o plantio de inúmeras árvores nos últimos 10 anos, a gestão de resíduos sólidos e várias atividades de educação ambiental a alunos, professores e funcionários”, comemoram as professoras Camila de Moraes, coordenadora da Comissão de Gestão Ambiental da Unidade, e Patricia Roberta Pezzolo, secretária da comissão e vice-coordenadora da mesma comissão.  

Escola investe na captação de água pluvial para ser utilizada na limpeza de calçadas e rega das plantas. Foto: Rosemeire Talamone

Reaproveitamento de água pluvial e aquecimento solar 

A EEFERP possui três reservatórios subterrâneos para captação de águas pluviais, com capacidade total de 200 mil litros. A coleta da chuva é feita pelos telhados e a água é utilizada para limpeza das calçadas e irrigação das áreas verdes. 

Já os 36 chuveiros, instalados nos banheiros e vestiários na Unidade, funcionam com sistema de aquecimento solar, o que proporciona economia de energia e de recursos públicos.  A piscina, com aproximadamente 530 metros cúbicos e a necessidade de uma temperatura de 28 graus, consome cerca de 3.536 kw mensais, o que daria um custo aproximado de R$1.800 com aquecimento elétrico. Com o aquecimento solar, a Unidade conseguiu uma economia de 60% nos kilowatts e de R$13 mil anuais. 

Outro espaço que trouxe economia e, ao mesmo tempo, bem-estar aos usuários é o  Ginásio de Esportes, que ganhou oito climatizadores para amenizar as altas temperaturas da cidade. “Além da economia em relação aos usuais condicionadores de ar, os climatizadores também umidificam o ar”, informa Camila.

Os acessos garantem acessibilidade a todos os públicos. Foto: Rosemeire Talamone

Bicicletário, Rampas e acessibilidade

O estímulo a um meio de transporte sustentável também faz parte das ações da Escola que investiu em um bicicletário com 30 vagas para proporcionar um local seguro para o estacionamento das bicicletas. O bicicletário, avalia os responsáveis pela Escola, representa um estímulo à atividade física e à diminuição eventual da poluição causada por veículos automotores, além de otimizando o espaço físico dos estacionamentos.   

Toda a extensão da EEFERP é cercada por rampas de acesso e piso tátil, inclusive a pista de caminhada com 374 metros. 

Reflorestamento e plantio de árvores

Na busca por preservar e melhorar as condições climáticas em toda a extensão da Unidade, foram plantadas árvores, nativas e frutíferas, em seu entorno, sempre com orientação e respeito ao bioma da região. Além da equipe de manutenção e jardinagem, essa plantação também é feita com a participação de docentes e funcionários da Unidade e faz parte da Semana de Recepção dos Calouros. Ao todo já foram plantadas 1,5 mil mudas ao longo dos últimos dez anos.    

Gestão de resíduos e educação ambiental

Um passeio pela área da EEFERP já dá para perceber como sua comunidade leva a sério o cuidado com o meio ambiente. O cuidado com a limpeza é visível, com 16 conjuntos de lixeiras (para descarte comum e de recicláveis) espalhados por todo o ambiente externo, sem contar com as outras espalhadas pelos halls, salas de aulas, espaços de convivência, nos ginásios e auditório. 

16 conjuntos de lixeiras garantem um espaço limpo e consciente sobre o cuidado com o lixo. Foto: Rosemeire Talamone

A Escola promove a adequada separação dos materiais, por meio da coleta seletiva e campanhas de sensibilização. A estratégia objetiva a conscientização quanto à importância de cuidar do meio ambiente, com discussões internas sobre o destino adequado do lixo produzido e também sobre a necessidade de diminuir a produção do lixo.  

A compostagem também está presente nas ações de cuidado com o meio ambiente. Desde 2013, a composteira produz adubo que é distribuído entre os usuários da Escola e utilizado nos canteiros da Unidade. 

Ao resumir todas essas atividades, a professora Camila diz que “a EEFERP assume um papel de destaque no que se refere às iniciativas de sustentabilidade desenvolvidas e implementadas em suas obras, edificações e projetos e, também,  pelas práticas que promovem a preservação do meio ambiente e o bem-estar da comunidade.” 

Ginásio conta com oito climatizadores para amenizar as altas temperaturas da cidade e também umidificam o ar. Foto: Rosemeire Talamone

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