A depressão, entre outros distúrbios afetivos, é uma doença de muitas matizes e a busca pelo melhor tratamento não é simples. Fatores genéticos e circunstanciais do paciente precisam ser levados em consideração. Ricardo Alberto Moreno, professor do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da FMUSP e fundador do Grupo de Estudos de Doenças Afetivas (Gruda), explica que um dos fatores que dificultam encontrar o tratamento adequado é que existem por volta de 20 tipos diferentes de antidepressivos e a escolha de qual, ou quais, deve ser utilizado depende do quadro do paciente.
A respeito do auxílio da genética na luta contra a depressão, o dr. Moreno comenta que são poucos os casos em que traçar o perfil metabólico é necessário. O professor destaca que o potencial de contingenciamento dos tratamentos tradicionais é alto, e que em casos mais resistentes, há outros métodos, como a eletroconvulsoterapia (eletrochoque), a simulação magnética transcraniana e a implantação de eletrodos, que podem auxiliar. O especialista ressalta também a importância de se diagnosticar corretamente o quadro psiquiátrico, exemplificando que o tratamento para a depressão é totalmente diferente do tratamento para transtornos de bipolaridade. Para saber mais informações sobre o Gruda e participar de suas pesquisas o dr. Moreno indica o site www.progruda.com.
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