Durante a pandemia da covid-19, a taxa de desemprego atingiu níveis alarmantes no Brasil. No primeiro trimestre de 2021, este índice atingiu 14,9%, ultrapassando a marca de 15,2 milhões de pessoas, segundo dados do IBGE. Esse número contempla pessoas com idade para trabalhar (acima de 14 anos) que não estão trabalhando, mas estão disponíveis e tentam encontrar trabalho.
De acordo com estudo da Fundação Seade, baseado em dados do IBGE, a taxa de desemprego já é menor que antes da pandemia no Estado de São Paulo, baixando de 11,6% no quarto trimestre de 2019 para 8,5% no primeiro trimestre de 2023.
Destaca-se a região de Campinas, em que ocorreram as maiores reduções na taxa de desocupação, de 12,6% para 6,6%, seguida pelo Vale do Paraíba e Litoral Norte, de 13,6% para 9,1%, e capital 12,4% para 8,0%. As menores taxas do Estado, além da de Campinas, foram as das regiões Noroeste (4,6%), Sudeste (6,6%) e Sudoeste ( 6,8%).
No período analisado, 751 mil paulistas conseguiram um novo emprego. Ainda assim, o nível de ocupação ficou praticamente igual ao do período pré-pandemia, em torno de 61%. No primeiro trimestre de 2023, apenas três regiões superaram o nível de ocupação do quarto trimestre de 2019: Capital, Campinas e sudoeste do Estado. Juntas, essas regiões foram responsáveis pela geração de 625 mil postos de trabalho, ou 83% do total.
Para ajudar a explicar a redução da taxa de desocupação é preciso olhar ainda para outra importante variável: a taxa de participação, que contabiliza as pessoas que já estão ocupadas e as desocupadas que estão procurando emprego entre a população em idade de trabalhar, ou seja, aquelas que participam ativamente do mercado de trabalho.
No Estado de São Paulo, a taxa de participação recuou de 69,3% para 66,6%, entre o quarto trimestre de 2019 e o primeiro trimestre de 2023, mostrando que um número maior de paulistas deixou de buscar uma colocação, contribuindo para reduzir a taxa de desocupação.
*Estagiário sob supervisão de Paulo Capuzzo
Boletim Panorama Paulista é uma parceria Rádio USP e a Fundação Seade
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