Parte 1
Parte 2
No programa Diálogos da USP desta semana, o tema debatido foi o ensino a distância, modalidade educacional que permite que estudantes e professores desenvolvam atividades educativas em lugares e tempos diversos.
Para tratar do assunto, foram convidados a professora Vani Moreira Kenski, docente do Programa de Pós-Graduação em Educação da Faculdade de Educação (FE) da USP e vice-presidente da Associação Brasileira de Educação a Distância (Abed), e o professor Valdemar Setzer, docente do Departamento de Ciência da Computação do Instituto de Matemática e Estatística (IME) da USP.
Apesar de ver a modalidade como válida em alguns casos – como quando há ausência de instituição educacional física próxima ao indivíduo -, Setzer, que defende a educação como arte, afirma considerá-la paliativa e questiona seu caráter massificador. “Eu tenho muito medo de que o ensino a distância transforme a educação numa técnica”, pontua. Para Vani, a modalidade é uma opção viável “para garantir a democratização do acesso a uma educação de qualidade” no Brasil. “É um projeto político, porque nós temos mais de 200 milhões de brasileiros que estão à margem da educação”, avalia.
O debate contou, ainda, com depoimento do professor Nilson Machado, também docente da FE da USP.