A região das Américas está ameaçada por quatro emergências de saúde, segundo a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas). Além da monkeypox, covid e cólera, a poliomielite aparece na lista das emergências de saúde.
A poliomielite, também chamada de paralisia infantil, é uma doença contagiosa aguda causada por um vírus que vive no intestino, poliovírus, que pode infectar crianças e adultos por meio do contato direto com fezes, em locais onde o saneamento básico é precário e faltam bons hábitos de higiene pessoal.
Marta Heloisa Lopes, professora associada do Departamento de Moléstias Infecciosas e Parasitárias da Faculdade de Medicina da USP, explica os tipos de pólio, que se subdividem em três sorotipos (1,2 e 3).
Sintomas
Os sintomas mais frequentes são febre, mal-estar, dores no corpo e na cabeça. Nas formas mais graves, instala-se a flacidez muscular, que afeta, em regra, um dos membros inferiores. Cerca de 5% a 10% das pessoas desenvolvem o quadro mais grave da poliomielite, com espasmos, rigidez na nuca e até mesmo meningite. A orientação é levar a pessoa infectada a um pronto-socorro imediatamente.
Todas as crianças menores de 5 anos de idade devem ser vacinadas. O esquema vacinal contra a poliomielite é de três doses da vacina injetável – vírus inativados – aos 2, 4 e 6 meses de vida. Após 1 aninho é dada a conhecida gotinha. A vacina oral (vírus vivos atenuados) é aplicada com 15 meses e aos 4 anos de idade. São as duas doses de reforço.
Não existe tratamento específico para a poliomielite. As vítimas são hospitalizadas e recebem tratamento dos sintomas, de acordo com o quadro clínico do paciente. O tratamento da poliomielite é para as sequelas, já que não existe cura. A poliomielite está erradicada no Brasil desde 1989. O que existe atualmente é uma ameaça da doença através da circulação de pessoas que vêm de outros países onde a doença não é controlada, por isso, a importância da vacina no País, principalmente em crianças menores de 5 anos.
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