A síndrome metabólica é caracterizada pela associação de fatores de risco para doenças cardiovasculares, vasculares periféricas e diabete. Basicamente, são três os fatores de risco para o desenvolvimento da síndrome: pressão alta, alteração da glicemia, alteração dos lipídios do sangue (aumento de triglicerídios e redução do HDL). Cíntia Cercato, médica endocrinologista do Grupo de Obesidade e Síndrome Metabólica do Hospital das Clínicas (HC) da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP), falou sobre a doença.
A médica explica que, para ser diagnosticado com a síndrome metabólica, é necessário ter ao menos dois dos fatores acima, em associação com o aumento da gordura centralizada na região do abdome. Portanto, o diagnóstico é feito através de exames de sangue e do exame clínico, por meio da medida da cintura do paciente. Mulheres com cintura acima de 80 cm e homens com cintura acima de 94 cm podem ter a Síndrome, se possuírem mais dois fatores.
Segundo a endocrinologista, o tratamento da síndrome se dá a partir da causa básica, que é a obesidade. É necessário que o paciente perca peso e inicie, se ainda não possui o hábito, a prática de exercícios. Para não ser considerado sedentário, essa prática de exercícios deve ser de 150 minutos por semana. A doutora ressalta que o foco é a perda de gordura na região abdominal e destaca que não é necessário alcançar o peso ideal para se obter benefícios. Perder 10% de peso, por exemplo, já traz melhorias na pressão e nos índices de glicemia e gordura do sangue, podendo o paciente deixar de ter a síndrome.
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