Maria Luiza Tucci Carneiro, livre-docente pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP (FFLCH) e coordenadora do Laboratório de Estudos sobre Etnicidade, Racismo e Discriminação junto ao Departamento de História da USP, onde desenvolve o projeto Arqshoah, Vozes do Holocausto, avalia que as recentes manifestações de grupos supremacistas brancos nos Estados Unidos são produtos de brechas abertas pelo governo de Trump e por ignorância.
A professora enfatiza que se trata de grupos fanáticos que investem contra minorias. E o presidente dos Estados Unidos, com o discurso contra imigrantes, despertou os ânimos desses círculos.
A pesquisadora comenta sobre a trajetória histórica desses movimentos. Atualmente, utiliza-se muito as redes sociais para recrutar membros e, em tempos de crise, muitos jovens se sentem marginalizados e acabam ingressando nesse tipo de mobilização para se sentirem como pertencentes a um meio social, alerta Maria Carneiro.
Não se pode subestimar a atuação dessas ideias também no Brasil. Segundo a especialista, não são poucos os casos de violência contra homossexuais, negros e judeus motivados por intolerância.
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