Segundo o professor da Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH) da USP, Gustavo Chiessi, o transporte de calor no Oceano Atlântico Sul sofre uma anomalia. Ao contrário do que acontece em outros oceanos, o Atlântico Sul leva o calor do polo do hemisfério em direção ao Equador termal – faixa oceânica com maior temperatura de superfície d’água. No local de atuação dessa faixa, a chuva é intensificada.
As pesquisas apontam que uma redução da intensidade do transporte de calor até o norte aproxima a faixa do Equador termal da região nordestina do Brasil. Assim, as chuvas se tornam mais intensas. O professor afirma que as previsões para o clima nordestino em 2100 levam em conta esse fenômeno, que resultará em uma estação chuvosa mais intensa e um período de seca ainda mais acentuado. Ele esclarece que, nesse cenário de maiores extremos, a região receberá ainda menos precipitação ao longo do ano.
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