
Uma pessoa nascida no Brasil em 2019 tinha uma expectativa de viver, em média, 76,2 anos, já em 2022, essa expectativa de vida caiu para 75,5 anos no período pós-pandemia de covid-19. A queda desse indicador mostra os reflexos do aumento de mortes relacionadas à pandemia mundial, segundo a geógrafa e professora do Departamento de Saúde Ambiental da Faculdade de Saúde Pública da USP, Helena Ribeiro. Esse fato não é um registro apenas do Brasil, mas trata-se de um fator mundial, mesmo assim, o País manteve números superiores em relação ao restante do mundo no pós-pandemia.

Não existe um único motivo para essa queda na expectativa de vida, o que houve foi uma complexidade de causas: envelhecimento da população e a dificuldade no acesso a serviços de saúde pública, principalmente no período da pandemia , atrasos no atendimento médico nos casos de câncer, entre outras. Além disso, foi registrada uma queda no número de nascidos, a mais baixa em 70 anos. Desde 2016 vem se mantendo a queda no número de nascimentos.
Em 2000, o Brasil teve um milhão de óbitos registrados; em 2019, 1,35 milhão; em 2021, 1,83 milhão – a maior queda foi registrada em 2022: 1,54 milhão. Apesar da alta, houve um declínio em comparação ao ano anterior. Somente para efeitos de comparação, registre-se que a mortalidade infantil em 1990 foi de 47 por 1000; em 2022, foi de 12 por mil nascidos. A tábua de mortalidade construída para 2022 ainda fez um balanço dos números no País, que mudam de Estado para Estado – no Sul, a expectativa de vida é a mais alta, já o Maranhão registra a mais baixa do País.
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