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Estudo publicado em 2015, pela Sociedade Portuguesa de Psicologia da Saúde, afirma que crises financeiras produzem impactos na saúde física e mental das pessoas. Segundo o estudo, alguns efeitos revelam-se a curto prazo enquanto outros só se manifestam depois de algum tempo. A tensão diária causa efeitos desagradáveis como: dores de cabeça e musculares, gastrite, entre outros sintomas. Especialistas afirmam que o desemprego é o maior inimigo dos trabalhadores.
Para tratar deste tema o programa Diálogos na USP desta semana conversou com Rodrigo Diaz Olmos, professor do Departamento de Clínica Médica da Faculdade de Medicina da USP e diretor da Divisão de Clínica Médica do Hospital Universitário, e o professor Alessando Nicolai Ré da Escola de Artes, Ciências e Humanidades, especialista em atividade física e promoção da saúde na infância e adolescência.
Segundo Rodrigo Olmos, o foco dado atualmente para a prevenção acabou se desviando. “A prevenção secundária, como fazer exames, é, no máximo, na melhor das hipóteses, irrisório e caríssimo. A única coisa que adianta para melhorar a qualidade de vida e prevenir doenças é fazer prevenção primária”, ressalta.
Para ele o estímulo à atividade física e vida saudável depende de uma série de coisas, não só da vontade própria das pessoas. “Estimular a utilização do espaço público para essa finalidade já é um primeiro passo”, avalia Olmos.
Alessandro Ré diz que a prática regular de atividade física envolve uma série de fatores, desde aspectos socioculturais até econômicos. “Muitas vezes dependemos de um acesso a essa prática e um envolvimento com essa atividade desde a infância. Existe um grande número de pesquisas mostrando a forte associação entre as oportunidades oferecidas na infância e sua continuidade”, analisa.
O professor alerta para o uso excessivo de atividades eletroeletrônicas. “A tecnologia faz parte da vida moderna, é importante que as crianças se envolvam, mas não precisa ser tão cedo. As pesquisas tem mostrado que quando o tempo diário começa a ser superior a duas horas pode ser prejudicial”, enfatiza Alessando Ré.
Apresentação do programa Diálogos na USP de Marcello Rollemberg, produção Fabio Rubira e trabalhos técnicos de Márcio Ortiz.