Economistas do mercado financeiro baixaram a estimativa de inflação para este ano de 4,64% para 4,47%. Os dados tiveram base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Isso fica abaixo da meta fixada pelo Conselho Monetário Nacional, que não é atingida no Brasil desde 2009.
O professor Fernando Botelho, da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA) da USP comenta que devemos comemorar esses resultados. “Depois de muito tempo, a inflação mostra sinais de voltar a um padrão mais civilizado. Isso significa que finalmente os preços vão voltar a crescer em um ritmo que se considera tolerável”, afirma.
A inflação tem maior interferência na população de baixa renda, de acordo com o professor, pois são os mais atingidos pela alta dos preços dos produtos. Assim, podemos esperar que “do lado do consumidor e, principalmente, do trabalhador, o dinheiro que está no bolso dele ou na conta corrente vai parar de perder o valor tão rápido”, afirmou.
Botelho explica que, a partir de 2015, o Brasil teve um estouro na inflação, que foi sendo represada. Agora devemos voltar a um maior quadro de normalidade. “É uma retomada na confiança da política pelo Banco Central a partir do ano passado”, elucida, dando esperanças para a economia do País.