A dependência tecnológica, seja em relação a jogos ou às redes sociais, pode estar relacionada a outros transtornos mentais. Segundo a psicóloga do Programa de Dependências Tecnológicas do Ambulatório Integrado dos Transtornos de Impulsos (Pro-Amiti) do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina (HC-FM) da USP, Sylvia Van Enck, o uso do celular muitas vezes é uma fuga à depressão, ansiedade ou fobias sociais.
A especialista explica que, geralmente, é a família e os amigos do dependente que primeiro identificam os sintomas. Tais sinais são como aqueles de outras dependências: taquicardia, sudorese e irritabilidade. No entanto, muitos pacientes resistem à compreensão de que seu comportamento chegou à compulsão.
No site do Pro-Amiti é possível realizar testes para identificar o nível de uso de tecnologia. O paciente passa por triagem, avaliação neuropsicológica e consulta com psiquiatra ou psicólogo, a fim de orientar o tratamento. As medidas podem ser apenas para redução do uso ou também prescrição de medicamentos que tratem os transtornos causadores do comportamento compulsivo relacionado à tecnologia.
O Jornal da USP, uma parceria do Instituto de Estudos Avançados, Faculdade de Medicina e Rádio USP, busca aprofundar temas nacionais e internacionais de maior repercussão e é veiculado de segunda a sexta-feira, das 7h30 às 9h30, com apresentação de Roxane Ré.
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