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Segundo maior consumidor de vídeos do YouTube em todo o mundo, o que chama a atenção no caso do Brasil é o fato de um dos principais públicos da plataforma ser o infantil. Dos 100 canais mais vistos no País, 36 deles têm conteúdo direcionado ou consumido por crianças da faixa de zero aos 12 anos, um padrão que vem se repetindo nos últimos seis anos. O que mais surpreende, porém, é que os pequenos deixaram de ser meros agentes passivos – não se contentam apenas a ficar confinados em seu papel de espectador – para se tornarem ativos participantes nesse processo, o que significa dizer que também passaram a produzir conteúdos.
O que leva os jovens a essa busca por uma fama momentânea e transitória? Para a professora e psicóloga Leila Salomão Tardivo, do Instituto de Psicologia da USP, não há como impedir totalmente o cada vez maior envolvimento das crianças com a tecnologia, mas é preciso haver um monitoramento constante por parte dos adultos, pois se trata de uma fase em que a criança começa a formar a própria inteligência e a personalidade e, portanto, não pode deixar de lado atividades lúdicas, que são típicas da idade – correr, brincar, ler, cantar etc. – e que contribuem para o seu desenvolvimento. É preciso sempre ter em mente, adverte a professora, que uma criança não tem o necessário discernimento sobre o que pode ou não assistir. A submersão total e irrestrita ao mundo da tecnologia pode levar o pré-adolescente a desenvolver uma maturidade não condizente com a idade.
Por isso, Leila aconselha os pais a monitorarem e a controlarem o uso do celular pelos filhos, pois só assim, marcando presença e respeitando os limites próprios da idade, será possível favorecer o desenvolvimento infantojuvenil. Acompanhe, pelo link acima, a íntegra da matéria.