Com aproximadamente 12 milhões de habitantes, a cidade de São Paulo diariamente gera uma quantidade de resíduos equivalente a um país como Portugal. Devido à importância de políticas públicas voltadas à gestão de resíduos, as candidaturas à Prefeitura de São Paulo apresentaram propostas modernas e inovadoras, como avalia Pedro Luiz Côrtes, da Escola de Comunicações e Artes (ECA) e do Programa de Pós-Graduação em Ciência Ambiental do Instituto de Energia e Ambiente (IEE) da USP.
No boletim Ambiente é o Nosso Meio desta semana, o professor avaliou as propostas dos 14 candidatos à Prefeitura da maior metrópole do País. Ele comenta ao Jornal da USP no Ar que grande parte das ruas conta com coleta de lixo doméstico, mas são poucas que têm sistema de coleta seletiva de resíduos e há pontos de descarte de entulho às vezes indevido. A análise de propostas buscou avaliar se essas questões estão sendo contempladas e verificou-se que “realmente há uma preocupação da maioria das candidaturas com a gestão de resíduos, propondo práticas ambientalmente corretas e contemporâneas”, afirma.
Segundo o professor Luiz Côrtes, as propostas das candidaturas focadas na gestão de resíduos foram diversas, como: a criação de um sistema que facilite a localização de pontos de descarte e aumente os pontos de coleta seletiva; regulamentação municipal do processo de logística reversa; e incentivos ao aumento da reciclagem e compostagem, seja doméstica, comercial ou pública, o que levaria a reduzir a quantidade de resíduos orgânicos nos aterros sanitários.
Há propostas que associam a coleta seletiva e a reciclagem na cidade à geração de empregos e riqueza; outras propõem fazer uma auditoria ou revisão nos contratos do sistema de coleta de lixo; algumas abordam a economia circular; a criação de uma moeda verde, na qual as pessoas recebam créditos para compra, caso levem os resíduos nos ecopontos; e há planos para a reestatização do sistema de coletas. Dentre as propostas, algumas candidaturas associam a gestão de resíduos à educação ambiental da população, inclusive nas escolas, o que o professor considera essencial: “[É] fundamental para que haja maior engajamento nos programas de reciclagem e coleta seletiva e também promova uma redução da quantidade de resíduos descartados indevidamente nas calçadas”.
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