Nesta edição de sua coluna, Paulo Saldiva fala sobre a importância da preservação dos cinturões verdes para a saúde das pessoas. A preocupação do professor é com os agentes infecciosos que contaminam os indivíduos à medida em que estes passam a ocupar de forma pouco ordenada a franja de vegetação que reveste as cidades. Exemplo dos mais notórios foi o surto de febre amarela que ocorreu em São Paulo, no ano passado, fruto justamente do avanço do homem para áreas de mata onde habitam animais silvestres que podem portar agentes infecciosos. Recentemente, há casos de leishmaniose surgindo no meio urbano.
“Isso é um argumento a mais para saber que a gente não pode ficar fazendo grilagem de terra e depois legalizando por interesses políticos. Tem que existir um planejamento e, principalmente, proteção para as pessoas que vivem nessas regiões”, diz o professor da Faculdade de Medicina da USP.