O câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens no Brasil, segundo o Instituto Nacional do Câncer. A incidência desse tipo de tumor é maior nos países desenvolvidos em comparação aos países em desenvolvimento.
Algumas vezes, a doença evolui de forma tão rápida e se espalha para outros órgãos, levando à morte. Mas a grande maioria cresce mais lentamente e demora cerca de 15 anos para dar sinais. Nos dois casos, a prevenção e tratamento preocupam os especialistas.
Há cada dois anos, especialistas de todo o mundo se reúnem na Suíça para discutir os recentes achados da literatura na área, estabelecer as melhores condutas frente à realidade e indicar os setores que precisam de desenvolvimento.
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Esses foram os desafios que o professor da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto Rodolfo Borges dos Reis encontrou durante o último Consenso Mundial de Câncer de Próstata Avançado, realizado em março. Foi a primeira vez que o Consenso recebeu representante de um país da América do Sul.
A importância de participar de um evento desse nível, conta o professor, é que se pode verificar as diferenças nas abordagens aos tratamentos entre os países, principalmente no acesso ao sistema de saúde e na disponibilidade de drogas novas. Essas facilidades, obviamente, são maiores em países com melhores condições socioeconômicas.
No caso de realidades como a nossa, Reis afirma que o grande desafio é mesmo a incorporação desses novos tratamentos. Mas garante que ficou satisfeito por ter sido convidado e representar a Universidade de São Paulo, além de poder mostrar àqueles que gerenciam o câncer de próstata no mundo a qualidade dos serviços oferecidos, apesar das dificuldades que o País enfrenta.