O recente assassinato da vereadora Marielle Franco, na cidade do Rio de Janeiro, soma-se ao aumento da morte de outras lideranças dos direitos humanos no Brasil.
Conforme dados da Anistia Internacional, nos últimos cinco anos foram assassinados cerca de 194 ativistas sociais. Só de janeiro até o momento, já são contabilizadas mortes, por encomenda, de 12 líderes sociais, o que indica um aumento desse tipo de crime.
O professor Ricardo Alexino Ferreira destaca as estatísticas nacionais publicadas pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, que revelaram que 61.619 pessoas foram mortas em 2016, superando muitas mortes de países em guerra.
O relatório ainda afirma que as políticas de segurança pública no Brasil continuam a se basear em intervenções policiais altamente militarizadas, motivadas, principalmente, pela chamada política de guerra às drogas.