O Estado de São Paulo identificou ontem (26) o primeiro caso de contaminação pela nova cepa indiana do coronavírus, que já havia sido identificada no Maranhão. Como tentativa de conter a disseminação, a Prefeitura da capital paulistana já anunciou a implementação de barreiras sanitárias, mas ainda não há registro de casos autóctones dessa variante no Estado.
O professor e diretor da Faculdade de Saúde Pública da USP, Oswaldo Tanaka, destaca a complexidade dessa situação, porque essas novas variantes fazem parte da sobrevida do vírus e ocorrem naturalmente, de modo constante. Conter sua circulação, segundo ele, seria uma tarefa difícil, mesmo com as barreiras sanitárias.
“É quase uma medida desesperada para tentarmos fazer alguma coisa, mas talvez não tenha efetividade para controlar a disseminação”, diz em entrevista ao Jornal da USP no Ar 1ª Edição. Para ele, é importante que essa barreira seja bem estruturada, por estar na linha de frente e fazer parte do “primeiro combate”. “Vai precisar de muita gente e de muita paciência.”
Segundo Tanaka, nessa etapa da pandemia — que já caminha para uma terceira onda — é difícil conter o movimento das pessoas que contribuem para a disseminação do vírus. “Vamos continuar com essa incidência alta, vamos ter que continuar tomando medidas preventivas e, infelizmente, temos que arranjar um jeito de acelerar a vacinação. Porque a barreira não vai aguentar, o vírus vai continuar tendo mutação e o comportamento do povo brasileiro não vai mudar”, conclui.
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