Um estudo recente publicado pela revista mBio, da Sociedade Americana de Microbiologia, definiu o aquecimento global como um dos fatores que ajudaram o fungo Candida auris a se proliferar. Além das mudanças climáticas, o uso de medicamentos antifúngicos e de fungicidas nas plantações pode ter auxiliado o fungo a criar resistência.
A principal preocupação sobre o fungo é em relação a pacientes que já possuem problemas em seu sistema imunológico. Nesses casos, ele pode cair na corrente sanguínea, causando infecção generalizada. Além disso, o Candida auris possui a “habilidade” de permanecer em objetos inanimados por dias, aumentando, assim, o risco de contaminação.
O fungo preocupa a comunidade científica há dez anos, desde que ele foi encontrado pela primeira vez no canal auditivo de um paciente da Coreia do Sul em 2009. Desde então, foram identificados surtos desse fungo em mais de 30 países, entre eles a Espanha, o Reino Unido, os Estados Unidos e nas vizinhas Colômbia e Venezuela.
O pesquisador do Instituto de Medicina Tropical (IMT) da USP, João Nóbrega de Almeida Júnior, explica as formas de proliferação do fungo e responde se já existem casos de contaminação pelo Candida auris aqui no Brasil.
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