Em sua coluna desta semana, o professor Ricardo Alexino Ferreira nos traça o perfil da historiadora Beatriz Nascimento, “uma das grandes pesquisadoras que o Brasil teve nos estudos étnicos sobre os negros brasileiros, os quilombos e a condição da mulher negra”. Em artigo publicado na Revista de Cultura Vozes, em 1974, ela critica a Academia por não estudar a questão do negro fora do âmbito da escravização.
O trabalho da historiadora e sua trajetória como militante da defesa dos direitos dos negros mereceu algumas obras importantes, como o livro biográfico Eu sou Atlântica, escrito pelo antropólogo Alex Ratts, e também o documentário Ôri, lançado em 1989 e dirigido pela socióloga Raquel Gerber. Beatriz Nascimento morreu assassinada ao defender uma amiga do companheiro violento, em 1995, aos 53 anos.