Os acontecimentos políticos se sucedem sem dar tempo ao eleitor de respirar. Na última segunda-feira (26), a Procuradoria Geral da República enviou ao Supremo Tribunal Federal denúncia envolvendo novamente o presidente Michel Temer, desta vez acusado de corrupção passiva. A reação do chefe do governo não se fez esperar. Na terça-feira (27), convocou a imprensa para refutar as acusações, alegando que tudo não passa de uma peça de ficção e que não há provas contra ele.
Para o cientista político André Singer, o momento é de impasse, o que abre espaço para um longo e doloroso processo. “Eu tenho a impressão de que a opinião pública vai aos poucos se convencendo de que o presidente deveria ser afastado.” Enquanto isso, Temer se vira como pode e já mobilizou cerca de 90 parlamentares para apoiá-lo no Palácio do Planalto. Ele necessita de 172 votos para impossibilitar que a Câmara aprove uma licença para que o STF possa examinar a denúncia e um eventual afastamento para investigações.