Pacientes com Aids podem ter boa qualidade de vida

É preciso aderir ao tratamento da doença, que é causada pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) e ataca o sistema imunológico

 21/06/2017 - Publicado há 7 anos
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O Saúde sem Complicações desta semana entrevista a professora Alcyone Artioli Machado, do Departamento de Clínica Médica da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP, que fala sobre Aids. A doença é transmitida pelo vírus da imunodeficiência humana, chamado HIV, que ataca o sistema imunológico que são as células de defesa do organismo.

A professora explica que a Aids é uma virose e por isso os sintomas são os já conhecidos pela população, como febre, mal-estar, dor de cabeça e diarreia. A diferença é que a manifestação aparece por cerca de 20 dias. “Tudo isso depende do sistema imunológico. Eventualmente pode causar até meningite”, diz.

Além disso, diz a professora, o paciente pode ficar infectado sem sintomas por quase dez anos e só então começa a emagrecer, sentir falta de apetite e diarreia, mas o contágio pode acontecer. Alcyone revela que o infectado, pela fraqueza da imunidade, apresenta doenças oportunistas, como, por exemplo, a tuberculose.

A transmissão acontece pelo contato com secreções de pessoas infectadas como, por exemplo, por relação sexual sem uso de preservativo; e de mãe para filho que pode acontecer durante a gravidez, mas os maiores riscos são no parto e na amamentação. Além disso, acidentes na área da saúde e agulhas compartilhadas.

O tratamento é mais fácil atualmente, afirma, já que antes era feito com o chamado coquetel, com cerca de 20 comprimidos de medicamento. E hoje, apesar de continuar sendo para o resto da vida, são apenas três pílulas. De acordo com a professora, a adesão é fundamental para a qualidade de vida do paciente, que pode ser normal.

Os exames estão mais acessíveis também, lembra a professora. Em Ribeirão Preto, podem ser feitos na rede pública de saúde de forma anônima e sem custo, além de ter o teste rápido que fica pronto em cerca de 30 minutos. Mas a professora conta que recentemente a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) liberou um teste de farmácia que pode ser feito com a saliva e tem custo de cerca de R$ 60,00.

 

Por: Giovanna Grepi


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