USP sedia Assembleia Geral de Reitores da Red de Macrouniversidades

Nos dias 7 e 8 de abril, a USP foi sede da 7ª Assembleia Geral de Reitores da Red Macrouniversidades da América Latina y el Caribe. No encontro, organizado pela Agência USP de Cooperação Acadêmica Nacional e Internacional, foram abordadas questões como os programas de mobilidade estudantil, o papel das universidades públicas, a pesquisa e a inovação na região.

 08/04/2016 - Publicado há 8 anos
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Na assembleia, foram abordadas questões como os programas de mobilidade estudantil, o papel das universidades públicas, a pesquisa e a inovação na região

Nos dias 7 e 8 de abril, a USP foi sede da 7ª Assembleia Geral de Reitores da Red de Macrouniversidades da América Latina y el Caribe. No encontro, organizado pela Agência USP de Cooperação Acadêmica Nacional e Internacional, foram abordadas questões como os programas de mobilidade estudantil, o papel das universidades públicas, a pesquisa e a inovação na região.

A rede é composta, atualmente, por 36 universidades públicas (das quais três brasileiras – a USP e as Universidades Federais dos Estados do Rio de Janeiro e de Minas Gerais), e tem como objetivo constituir-se em um mecanismo de interlocução com os Estados Nacionais e com as organizações nacionais e internacionais, estabelecendo um mecanismo de diálogo e intercâmbio, assim como de cooperação e ação conjunta sobre temas e experiências de interesse comum para as Universidades.

Na sessão de abertura, no dia 7, o reitor da USP, Marco Antonio Zago, deu as boas-vindas aos participantes, ressaltando ser uma “grande honra sediar esta Assembleia”, e afirmou que, se somados os estudantes da Universidad de Buenos Aires (UBA) e da Universidad Nacional Autónoma de Mexico (Unam), cujos representantes participaram do encontro, o resultado chegaria a 800 mil. “Temos o poder de mudar a juventude”, destacou.

O presidente da Rede e reitor da UBA, Alberto Barbieri, abordou a recente incorporação da Universidad de Chile e da Universidad Nacional de La Matanza, na Argentina, efetivada na 7ª reunião do Comitê Acadêmico Executivo da Rede, que foi realizada no ano passado no campus da Unam, na Cidade do México.

O coordenador-geral de Relações Internacionais da UBA, Patricio Conejero Ortiz, falou sobre o Programa de Mobilidade na Pós-Graduação da Rede. Ortiz apresentou um resumo das chamadas anteriores, realizadas de 2005 a 2015, elencando o número de bolsas oferecidas, a quantidade de universidades participantes e os destinos dos estudantes. Em 2016, a oitava edição do programa estará com inscrições abertas a partir do dia 2 de maio.

Ortiz anunciou a primeira chamada para a mobilidade destinada a estudantes de Graduação, que tem como objetivo alcançar a meta de 100 mil estudantes, em todas as áreas do conhecimento. O programa terá três chamadas, em 2016, 2017 e 2018, e financiamento do Santander no valor de US$ 1 milhão.

Após os informes da Assembleia, os participantes puderam fazer questionamentos e falar brevemente sobre propostas para potencializar projetos das Universidades voltados à mobilidade internacional.

Ciência, tecnologia e inovação

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Representantes de 36 universidades públicas da América Latina e do Caribe participaram do encontro

No dia 8, o cenário da pesquisa e da inovação na América Latina foi o tema da sessão aberta do encontro, apresentada pelo reitor Marco Antonio Zago e pelo presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e ex-reitor da USP, José Goldemberg.

Zago destacou a heterogeneidade dos países da América Latina e a potencialidade para o desenvolvimento da ciência e da tecnologia. O reitor fez um panorama sobre a pesquisa e a inovação na região e apontou, como principal gargalo, o baixo número de patentes produzidas. “Há correlação, quase linear, entre a fração pública e privada investida em ciência e tecnologia e o número de cientistas por milhões de habitantes. Nesse aspecto, que nos é comum, nós, da América Latina, temos enorme dificuldade em competir com os outros países. O impacto da ciência depende desses investimentos”, considerou.

O presidente da Fapesp, José Goldemberg, fez um breve histórico sobre a criação da Fundação. Segundo ele, em 2015, a receita da Fapesp foi da ordem de R$ 1,350 bilhão, 95% desse total destinado às atividades-fim da Instituição. Anualmente, são processadas 25 mil solicitações, das quais 10 mil são aprovadas. Goldemberg também salientou que a Fundação mantém 47 acordos de cooperação vigentes com instituições da América Latina, que totalizam investimentos da ordem de mais de R$ 34 milhões.

O encerramento da sessão foi marcado pelo pronunciamento do presidente da Rede e reitor da UBA, Alberto Barbieri, que apresentou uma conclusão sobre os temas debatidos durante os dois dias de realização do encontro, com ênfase à mobilidade estudantil regional. “Temos um capital humano e social importante, que é um fator de força de nosso continente”, avaliou.

(Fotos: Ernani Coimbra)


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