O Museu Paulista da Universidade de São Paulo (USP) recebeu a autorização preliminar, do Governo do Estado, para utilizar uma área de 7.400 metros quadrados, contígua ao prédio do Museu, no Ipiranga, para a ampliação de suas instalações.
A autorização, embora preliminar, foi recebida com entusiasmo pela diretora do Museu, professora Eni de Mesquita Samara, que considera que o Governo Estadual, com essa ação, demonstra seu apoio para que o projeto de ampliação se concretize. “A transferência do terreno para a USP mostra a importância do projeto”, ressalta. Um representante da Casa Civil foi designado para acompanhar o processo.
O projeto de ampliação do Museu Paulista, que teve início há dois anos, prevê a construção de um bloco técnico, para onde serão levados os setores administrativos e de serviços de conservação e pesquisa, que atualmente ocupam o prédio principal. Com isso, o prédio histórico poderá ser totalmente aberto para a visitação pública.
Um grande “L” subterrâneo, com 10.800 metros quadrados, interligará o bloco técnico ao edifício histórico e, nele, estão projetados espaços para exposições, cafés, lojas, salas para ações educativas e banheiros. Além disso, duas torres de acessibilidade estão previstas — trata-se de duas torres de vidro, construídas atrás do prédio histórico, com elevador e escadas, que ligarão o subsolo até o terceiro andar. O custo total das obras de ampliação está estimado em R$ 33 milhões.
“Hoje, só 1/3 do Museu é destinado às exposições e, por isso, apenas 20% do acervo está exposto”, explica Eni. Com as novas instalações, a área do Museu passará dos atuais seis mil para 19 mil metros quadrados. “Toda a comunidade será beneficiada com essa ampliação: professores, funcionários, pesquisadores, visitantes”, garante.
De acordo com a diretora, a próxima etapa é o desenvolvimento do projeto executivo, fase em que, segundo ela, dada a extensão do plano de obras, outros órgãos públicos estaduais também deverão estar envolvidos, como a Secretaria do Meio Ambiente, por exemplo. “Na área cedida, será feito o levantamento e estudo das espécies de árvores existentes para a sua remoção e recolocação no Parque”, elucida.
Para viabilizar as obras, ainda sem data prevista para início, o Museu buscará recursos financeiros junto a parceiros externos à Universidade.