Inaugurado no campus USP do Butantã em março deste ano pelo presidente da França, Emmanuel Macron, durante sua visita à Universidade, o Institut Pasteur de São Paulo realizou nesta sexta-feira, 19 de julho, o seu primeiro seminário de difusão científica aberto ao público.
O local é a primeira unidade do instituto no Brasil e integra a Rede Pasteur, formada por 33 centros, espalhados em 25 países, que realizam pesquisas biológicas voltadas à promoção da saúde. Além das pesquisas, o instituto também tem a proposta de promover atividades de extensão, educação, inovação e transferência de conhecimento.
O evento desta sexta inaugurou uma iniciativa que passará a ocorrer de forma periódica no espaço. Segundo a diretora executiva do Institut Pasteur de São Paulo, Paola Minoprio, “faremos convites a cientistas do Brasil e do exterior que desenvolvem pesquisas ligadas aos temas tratados no nosso instituto, para que conheçam o trabalho realizado aqui e, ao mesmo tempo, compartilhem com a nossa comunidade um pouco mais de seus estudos e descobertas. Acreditamos que esse tipo de ação favorece de forma muito consistente a cooperação acadêmica entre as mais diversas instituições”.
Presente na conferência, o reitor da USP, Carlos Gilberto Carlotti Junior, afirmou que “esses encontros de cientistas de ponta com o público são uma oportunidade para aumentar a interação do Instituto com a comunidade USP e levar um conhecimento bastante avançado até os estudantes e pesquisadores. Essa iniciativa também será um importante vetor da internacionalização da USP”.
O convidado do seminário inaugural foi o professor Glen N. Barber, chefe do Departamento de Biologia Celular da Universidade de Miami, pesquisador reconhecido na comunidade científica por suas contribuições significativas na área de imunologia viral e biologia molecular, com trabalhos pioneiros abrangendo estudos sobre interações entre vírus e sistema imunológico, mecanismos moleculares da replicação viral, e o desenvolvimento de terapias antivirais. Além disso, ele investiga como estratégias imunológicas podem ser aplicadas no tratamento do câncer, destacando-se também por sua dedicação à educação e mentoria na formação de novos cientistas na área biomédica.
No encontro, Barber apresentou a palestra Innate immune STING signaling in infectious disease and cancer (Sinalização imunológica inata de STING em doenças infecciosas e câncer, em tradução livre). Na medicina, a sigla STING refere-se a “Stimulator of Interferon Genes”, que são importante proteínas que desempenham um papel no sistema imunológico na detecção de DNA viral ou bacteriano dentro das células. Quando ativadas, elas desencadeiam uma resposta imunológica robusta, incluindo a produção de interferons e outros mediadores imunológicos para combater a infecção.
Os próximos convidados serão divulgados na agenda de eventos site do Institut Pasteur de São Paulo.