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![Homem branco de óculos com lentes no formato retangular e cabelos lisos castanhos. Camiseta branca e em frente a um fundo branco.](https://jornal.usp.br/wp-content/uploads/2024/05/IMG_1702_400x400.jpg)
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De sua vasta produção de música coral, comento hoje Quando o Galo Canta, para coro misto a quatro vozes. A singela letra da música se refere ao nascer do dia:
Quando o galo canta, cedo de manhã,
e o sol levanta,
é tempo bom.
A peça tem início com um ostinato, isto é, um desenho melódico-rítmico que se repete insistentemente, cantado pelos baixos. As outras vozes entram, criando um clima difuso que sugere o advento da aurora.
O tema aparece nas vozes femininas, com imitação dos tenores em cânone. A música vai ganhando brilho, intensidade e vivacidade, representando o nascer do sol. O modo predominante é o mixolídio – a escala maior com o sétimo grau abaixado.
Um momento exuberante ocorre quando os baixos deixam o longo ostinato com uma escala descendente e passam a cantar notas longas. Sobre estas, o tema é retomado em rica progressão harmônica, com os tenores agora divididos, cantando em terças. Logo em seguida, eles assumem brevemente o ostinato que os baixos haviam cantado antes e a peça termina com uma enfática onomatopeia galinácea.
Ouçam esta peça na interpretação do Coralusp, sob minha regência.