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Emocionante é o adjetivo de que a professora Raquel Rolnik se vale para definir o show da cantora Marisa Monte, ocorrido no último sábado, no campus Butantã da USP, evento que reuniu mais de 55 mil pessoas, que se comportaram tranquilamente, como se estivessem num parque, o que, na opinião dela, é uma característica do campus da Cidade Universitária, cuja paisagem é ocupada por árvores e vegetação variada, que tornam o clima muito agradável. Ela ressalta, porém, que o campus não foi pensado para ser um parque, nem possui a infraestrutura adequada para cumprir tal função. “Não tem uma rede de banheiros públicos, de bebedouros, não tem uma estrutura de coleta e gestão do lixo que possa dar conta de ser usado como parque, não tem uma estrutura de vigilância e apoio.” Outro aspecto para o qual ela chama a atenção é o fato de o campus da USP ser muito isolado, não dispondo de uma rede de transporte que facilite o seu acesso – como, por exemplo, uma estação do Metrô dentro da Cidade Universitária, “como é o que nós estamos agora pensando e planejando com a companhia do Metrô”.

A colunista lembra que essa e outras propostas que facilitem o acesso da população à Cidade Universitária estão em elaboração pelo Plano Diretor do Campus, “um processo que está muito bonito, muito participativo, com toda a comunidade da USP, para pensar que infraestrutura é essa para a própria comunidade uspiana, o quanto ele se abre e não se abre para a cidade, como, quando, em que circunstâncias, como ele transita de um modelo de automóvel para um modelo de transporte coletivo”, diz ela. “Tudo isso são os desafios que estão colocados no Plano Diretor.”

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