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O governo do Estado de São Paulo continua com seu plano de mudar sua sede do Morumbi para a região dos Campos Elíseos, sob a justificativa de que vai proporcionar maior economia e uma revitalização da área central da cidade. Pelas contas do LabCidade, existem 54 órgãos do governo estadual situados na Capital – desse total, segundo Raquel Rolnik, metade já está no centro. Dos que estão fora do centro, há órgãos como o IPT e o Ipen, ambos na Cidade Universitária. Já o bairro do Morumbi conta com seis órgãos, quatro dos quais devem continuar no local. “Que transferência é essa?”, pergunta a colunista. Uma outra questão é a dos órgãos que já se encontram no centro (Sé, República) e que, pela proposta, serão transferidos para os Campos Elíseos. “Imagina o efeito péssimo do governo do Estado sair de lá para ir para o centro administrativo dos Campos Elíseos, vai esvaziar, deixar mais prédio vazio –  tudo o que a gente não precisa no centro de São Paulo”.

Ela faz uma outra pergunta: “Será que não tem uma estratégia muito melhor para pensar a inserção dos órgãos do Estado? Me parece que essa PPP do centro administrativo está muito mais desenhada como um factoide para abrir uma frente de negócios do que ou repensar o centro ou concentrar a administração. Me parece que esse argumento está muito falacioso”. Sem falar que vários dos prédios nos Campos Elíseos deverão ser demolidos. “Por que precisa destruir tudo para fazer uma enorme esplanada, tipo Brasília, destruindo tudo e colocando os prédios ali, em cima dessa bandeja?”. Para a colunista, além de essa concepção urbanística ser muito antiga, está se ignorando o patrimônio histórico dos Campos Elíseos, o qual “pode e deve ser reaproveitado e reabitado. A ideia da destruição me parece também bastante equivocada”.

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