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Em sua coluna desta semana, a professora Marisa Midori tratou de um tema que interessa a todos que são apaixonados por livros: justamente a bibliofilia, que o bibliófilo e empresário José Mindlin chamava de “loucura mansa”. “O bibliófilo é um colecionador, mas também pode ser um grande leitor. Podemos tratar do tema da bibliofilia sob vários aspectos”, afirma a colunista, que a partir do dia 28 de maio dará um curso — ao lado de outros estudiosos do livro — no Centro de Formação Profissional do Sesc. “Rubens Borba de Moraes, autor de O Bibliófilo Aprendiz, faz uma distinção entre três tipos de bibliófilos: aquele que é um colecionador erudito, que lê muito e tem bom gosto; o bibliófilo ‘novo rico’, que compra o livro mais caro e talvez nem saiba o que está comprando, mas o adquire por status; e o terceiro tipo, que somos nós,  que criamos nossas bibliotecas dentro das nossas posses e sabemos que talvez não leiamos todos os livros que estão lá. Mas o importante é eles estarem lá”, explica Marisa Midori.

A professora também faz uma distinção entre dois termos que parecem similares, mas que guardam suas diferenças. “Bibliofilia e bibliomania são termos distintos, que nos levam a várias história — verdadeiras e ficcionais, até sobre crimes envolvendo roubo de livros. A bibliofilia, pelo próprio sentido etimológico, é o amor pelos livros. Mas há amores e amores, não é?”, esclarece — e questiona — a professora. ” Há aqueles amores possessivos, aquele amor tóxico. Há aquela situação em que não se sabe se é amor ou paixão. Nesse caso, pode se tornar uma obsessão, uma mania. E, quando isso acontece, ela pode se tornar uma bibliomania”, afirma Midori. “É um fenômeno histórico, social, que começou até a preocupar os médicos no século 18. Eles viram que a prática do colecionismo estava esbarrando em coisas muito mais perigosas”, finaliza a colunista.

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