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Nesta coluna, o professor Renato Janine Ribeiro comenta o caso do deputado estadual paulista Arthur do Val. Em recente viagem à Ucrânia, o deputado enviou, a um de seus grupos, áudios com comentários machistas sobre as refugiadas ucranianas – e que, posteriormente, foram vazados.

Para o colunista, há duas coisas a serem observadas. A primeira é o fato de o deputado pensar aquelas coisas. A segunda é ele se sentir à vontade para falar sobre isso, mesmo que tenha sido dito em um grupo supostamente fechado – e que alguém tenha vazado posteriormente. “Para um certo número de pessoas, que não deve ser muito pouco, seria normal ouvir esse tipo de discurso”, lamenta Janine.

O problema, diz o professor, é essa normalização do discurso, do desrespeito absoluto ao outro, do dizer que “elas são fáceis porque são pobres”. O outro ponto é o fato de existirem pessoas que pensam dessa forma, “um pensamento absolutamente canalha”.

“O simples fato de pensar isso indica um problema muito sério, uma deficiência ética muito grande. Ética não é não fazer certas coisas. Ética é você nem sequer pensar em fazer certas coisas”, aponta o colunista. Na opinião de Renato Janine, a punição mais adequada para esse caso é a cassação do mandato do deputado.