Plataforma Científica Pasteur-USP integra rede internacional de estudos sobre vírus

Plataforma Científica Pasteur-USP é a primeira instituição brasileira a fazer parte da Global Virus Network, que promove colaboração entre cientistas de 36 países visando ao desenvolvimento de tratamentos, fármacos e vacinas

 09/03/2022 - Publicado há 3 anos
Instituição brasileira agora faz parte de rede de colaboração em pesquisas sobre vírus – Foto: Reprodução/Pixabay

 

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A Plataforma Científica Pasteur-USP (SPPU, na sigla em inglês) é a primeira instituição brasileira a integrar a Global Virus Network (GVN), rede de colaboração em pesquisas sobre vírus que está presente em 36 países, com 67 centros de excelência filiados. Oficializada em janeiro, a afiliação irá potencializar as pesquisas da SPPU, uma vez que propiciará maior interação entre os principais virologistas do mundo e aumentará as oportunidades de financiamento.

Fundada em 2011, a GVN promove colaboração por meio de congressos, treinamentos, cursos, palestras e seminários regulares entre os afiliados. Grupos de trabalho, denominados de forças-tarefas, são coordenados para identificar e mitigar os efeitos de diversos vírus que são ou podem se tornar pandêmicos. Além de produzir conhecimento, esses grupos desenvolvem trabalhos em colaboração e novas parcerias que podem levar mais rapidamente a novos tratamentos, fármacos ou vacinas.

Luís Carlos de Souza Ferreira – Foto: Marcos Santos/USP Imagens

Para a GVN, a parceria é estratégica, tendo em vista que até então a rede só atuava em três países na América do Sul: Peru, Argentina e Colômbia. “Nós ficamos muito contentes com a parceria. E eles também porque o Brasil tem um papel de destaque em toda a América Latina, não só pelo tamanho, mas pela sua diversidade e pela qualidade das pesquisas”, afirma o professor do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da USP, Luís Carlos de Souza Ferreira, coordenador da SPPU na Universidade. “Essa confiança trará muitos benefícios. Um deles será a abertura para novos financiamentos, porque a GVN tem um braço de atuação que envolve parcerias com agências internacionais de fomento e grupos vinculados a diversos governos”, complementa.

Paola Minoprio – Foto: Marcos Santos/USP Imagens

 

De imediato, a SPPU irá integrar a força-tarefa de combate ao sars-cov-2 e suas variantes. Além de integrar também, com o passar do tempo, grupos de pesquisas sobre vírus que são endêmicos no Brasil, como o zika, o chikungunya, o HIV e o da dengue. “É óbvio que no momento o foco é o coronavírus, mas temos todas essas atuações no nosso escopo”, destaca Ferreira. “Em especial, a nossa atuação no combate ao zika vírus será muito importante, porque a GVN tem como uma de suas prioridades trabalhar com doenças emergentes que levam ao comprometimento cerebral. Esse vírus já é estudado no Brasil de forma enfática e é uma das prioridades da SPPU desde que ele gerou um surto em 2016”, detalha Paola Minoprio, coordenadora da plataforma por parte do Instituto Pasteur.

Além de inserir a SPPU em novos grupos de pesquisa, a participação em redes nacionais e internacionais tende a acelerar os estudos que já estão em andamento. “Contaremos com a complementaridade de outros pesquisadores e, assim, nossos projetos ganharão acesso a dados de um grande número de pacientes acometidos por doenças virais ao redor do mundo”, afirma Paola.

A afiliação à GVN será a segunda participação da SPPU em redes de excelência, tendo em vista que já integra a rede Pasteur Network formada pelo Instituto Pasteur, da França, com mais de 33 institutos nos cinco continentes.

Mais informações: e-mail comunicacao@academica.jor.br, na assessoria de comunicação da SPPU


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