Livro comemorativo mostra contribuição da Fapesp no apoio às ciências humanas e sociais

Fapesp investiu R$ 1,6 milhão no projeto de restauração do Museu Paulista da USP, o Museu do Ipiranga, a ser reaberto ao público em 7 de setembro de 2022, quando o país comemora 200 anos da Independência

 11/01/2022 - Publicado há 3 anos     Atualizado: 12/01/2022 as 19:42
Fascículo resume as iniciativas da fundação no apoio à infraestrutura da cultura – Foto: Reprodução/Fapesp

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A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) investiu R$ 1,6 milhão no projeto de restauração do Museu Paulista da USP, mais conhecido como Museu do Ipiranga, a ser reaberto ao público em 7 de setembro deste ano, data em que o país comemora 200 anos da Independência.

Orçada em R$ 178 milhões financiados com recursos da iniciativa privada via incentivos fiscais, a restauração exigiu que 450 mil itens do acervo do museu fossem transferidos para imóveis alugados, adaptados para funcionar como reservas técnicas e laboratórios, o que só foi possível com apoio do Programa Fapesp de Apoio à Infraestrutura de Pesquisa.

“Sem a infraestrutura montada com apoio da Fapesp, o patrimônio do museu poderia sofrer danos irreversíveis, comprometendo o desenvolvimento de estudos nas áreas de humanidades, ciências sociais e artes”, afirmou a pesquisadora Solange Ferraz de Lima, presidente da Comissão de Cultura e Extensão Universitária do Museu Paulista, em entrevista publicada no 6º fascículo do livro FAPESP 60 anos – Ciência, Cultura e Desenvolvimento.

Com o título Contribuição social, cultural e artística, o fascículo resume, em três reportagens, as iniciativas da fundação no apoio à infraestrutura da cultura, sob a ideia de que a ciência é “todo corpo racionalmente sistematizado e justificado de conhecimento, obtido por meio do emprego metódico da observação, experimentação e raciocínio”, como indica seu Código de Boas Práticas Científicas.

Desde 1994, quando foi criado o Programa Emergencial de Apoio à Recuperação e Modernização da Infraestrutura de Pesquisa do Estado de São Paulo, a Fapesp financiou a reforma não apenas de laboratórios, mas também de arquivos, museus e bibliotecas. Na virada de 1990 para 2000, o programa foi rebatizado de Programa de Apoio à Infraestrutura de Pesquisa, beneficiando instituições como o Museu de Arte Contemporânea, o Sistema Integrado de Bibliotecas da USP, a digitalização de acervos – como o da Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin –, entre outros projetos.

As ciências humanas e sociais contam o apoio da Fapesp desde 1962, ano de sua instalação. De 2011 a 2020, por exemplo, esta área ficou com 10,86% do total de R$ 11 bilhões de recursos destinados pela fundação para o financiamento de bolsas e auxílios à pesquisa em todas as áreas do conhecimento.

Desde o início dos anos 1990, esse apoio passou também a incluir as artes, com o financiamento de criações artísticas que pressupunham pesquisa, como, por exemplo, a produção do álbum de gravuras Simulacros, resultado de projeto de doutorado de Regina Silveira – atualmente em exposição no Museu de Arte Contemporânea –, ou do filme São Paulo – Sinfonia e cacofonia, de Jean-Claude Bernardet.

A discussão sobre o modelo apropriado de apoio da Fapesp ao campo das artes teve início ainda na gestão do diretor científico Flávio Fava de Moraes (1985-1993), de acordo com Luiz Henrique Lopes dos Santos, professor da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP, que coordenou a área de ciências humanas e sociais entre 1989 e 1996.

Além de três reportagens, o 6º fascículo do livro FAPESP 60 anos – Ciência, Cultura e Desenvolvimento traz dois artigos. O primeiro, de Renato Janine Ribeiro, professor da FFLCH, presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e ex-ministro da Educação, com o título As Humanidades podem melhorar as Ciências Humanas, e o segundo, de Giselle Beiguelman, professora da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP, com o título Desobedecer é preciso.

O sexto fascículo está disponível clicando aqui ou em formato PDF neste link.

Confira também os cinco primeiros fascículos do livro:

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Texto: Agência Fapesp

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